incêndio (©afp.com / Justin Sullivan)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Washington - Mais de 3,6 mil bombeiros voltarão nesta terça-feira aos trabalhos para tentar conter o incêndio florestal que devastou mais de 65 mil hectares na Califórnia e que ameaça se estender pelo Parque Nacional de Yosemite.
"Há muitas razões para nos preocuparmos, e há muito trabalho pela frente", disse o porta-voz do Serviço Florestal dos EUA, Lee Bentley, em entrevista à televisão.
Até a noite de ontem, os bombeiros tinham conseguido conter cerca de 20% do incêndio, que se propaga agora principalmente em direção ao leste e pode aumentar pelas condições de seca extrema e o clima quente.
Na luta contra as chamas, que foram detectadas pela primeira vez no dia 17 de agosto, participam mais de 20 helicópteros e aviões-tanque.
Na segunda-feira, as chamas continuaram avançando rumo ao reservatório de Hetch Hetchy, essencial para o fornecimento de água para a cidade de San Francisco. Bentley disse que o terreno rochoso ao noroeste do reservatório poderia deter o avanço das chamas.
O incêndio também pode ameaçar as usinas hidrelétricas da região, que fornecem grande parte da energia de San Francisco. Devido à progressão das chamas, as autoridades já desligaram dois geradores e a cidade obtém sua eletricidade, temporariamente, de outras fontes.
O site "InciWeb", que reúne informações de diversas agências, afirmou que os bombeiros, inclusive equipes vindas de outros estados, continuavam a construção de obstáculos durante o anoitecer de ontem para tentar impedir o progresso das chamas.
O fogo destruiu 11 casas e outras 12 edificações, assim como um local de acampamento em Yosemite que pertence à cidade de Berkeley, informaram as autoridades, que acrescentaram que 4,5 mil imóveis estão ameaçados pelo incêndio.
A rapidez da propagação das chamas e "o comportamento extremo do fogo impedem os esforços de extinção", informou o "InciWeb".
A abundância de vegetação seca, os fortes ventos e a possibilidade de que ocorram outros incêndios continuam gerando uma preocupação significativa, afirmaram as autoridades.