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iFood mira alta renda com app de delivery ‘chique’

Por enquanto, o SpoonRocket está disponível apenas em São Paulo e tem cerca de 300 restaurantes cadastrados

iFood: para pedir comida, o usuário precisa baixar e cadastrar-se no SpoonRocket, que tem versões para Android e iOS (Divulgação)

iFood: para pedir comida, o usuário precisa baixar e cadastrar-se no SpoonRocket, que tem versões para Android e iOS (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 15h27.

Última atualização em 5 de dezembro de 2016 às 12h25.

São Paulo - Com mais de 2 milhões de usuários no Brasil, o serviço de delivery de comida online iFood acaba de relançar o aplicativo norte-americano SpoonRocket no País.

Comprado pela empresa brasileira em março deste ano, ele pretende complementar as funções de seu "irmão mais velho".

Além de intermediar a relação entre os consumidores e estabelecimentos, ele oferece o serviço de entrega a restaurantes que não têm delivery, em especial aqueles que atendem consumidores de maior renda.

"Queremos oferecer tecnologia para os restaurantes que, por algum motivo, não criaram uma equipe de entregas", diz Carlos Moyses, diretor financeiro do iFood.

Assim como o iFood, o aplicativo vai receber os pedidos dos clientes. Porém, o serviço vai ficar responsável pela entrega e o consumidor poderá monitorar o motoboy.

Por enquanto, o SpoonRocket está disponível apenas em São Paulo e tem cerca de 300 restaurantes cadastrados - a meta é chegar ao Rio de Janeiro e a cerca de 500 restaurantes até o fim do ano.

Entre os estabelecimentos ativos estão as hamburguerias Butcher’s Market e P.J. Clarke’s, o bar Riviera e o japonês Benihana. Nem todos os restaurantes poderão ser encontrados no SpoonRocket.

A estratégia difere da adotada no iFood, que hoje tem 10 mil restaurantes cadastrados em todo o País e recebe cerca de 2 milhões de pedidos por mês.

No caso do SpoonRocket, apenas restaurantes selecionados pela equipe serão cadastrados na plataforma. Mercado A aposta em um novo serviço acompanha o crescimento do delivery.

Ao todo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o mercado de delivery de comida no País movimentou cerca de R$ 9 bilhões em 2015 - crescimento de R$ 1 bilhão na comparação com 2014. Segundo a entidade, a crise econômica impulsionou o crescimento.

"Pedir comida por delivery faz o brasileiro economizar em gastos como sobremesa ou bebida, além de cortar o custo do deslocamento", diz Paulo Solmucci Jr., presidente executivo da Abrasel.

O lançamento do SpoonRocket no Brasil mostra o interesse do iFood em ampliar seu alcance. Depois de se consolidar com o iFood, a empresa tenta emplacar entre os consumidores de alta renda.

Para Felipe Zmoginski, secretário executivo da Associação Brasileira de Online to Offline (ABO2O), a estratégia faz sentido. "Eles já são líderes de mercado no Brasil e o único jeito de crescer é abraçando quem ainda está fora desse mercado."

Experiência

Para pedir comida, o usuário precisa baixar e cadastrar-se no SpoonRocket, que tem versões para Android e iOS. O pedido é entregue pelo SpoonRocket - o aplicativo cobra 27% de comissão ao restaurante sobre o pedido.

Enquanto espera pela comida, o usuário poderá rastrear o caminho do motoboy entre o restaurante e sua casa - como hoje acontece no Uber, ao solicitar um carro.

"Poder rastrear o motoboy é fantástico, porque elimina um problema da nossa cadeia", diz Solmucci Jr.

Como surgiu o SpoonRocket

O SpoonRocket foi desenvolvido pela startup de mesmo nome em 2013. A empresa captou US$ 13,5 milhões em investimentos, com a proposta de entregar comida para os universitários da região do Vale do Silício.

A própria startup produzia e entregava a comida, mas o serviço não vingou e acabou sendo fechado no início de 2016, pouco antes da aquisição pelo iFood.

"Compramos pela tecnologia de rastreamento dos motoboys e do aplicativo", conta Moyses, do iFood.

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