São Paulo, Brazil, April 28, 2020. Two motorcyclists, Ifood employees deliver food to customers in the city. (Leonidas Santana/Getty Images)
Assim como fez o app de transporte 99, o iFood vai aumentar o valor mínimo da rota dos entregadores junto do ganho sobre quilometragem rodada em entregas.
O plano do aplicativo de comida é, sobretudo, mitigar o impacto do aumento de preços dos combustíveis e da inflação.
A mudança passa a valer a partir de 2 de abril e faz com que valores mínimos de rota de entrega subam de R$ 5,31 para R$ 6.
A taxa sobre quilômetro rodado deve aumentar em 50%, subindo de R$ 1 para R$ 1,50. Assim, o entregador que percorrer em serviço 10km, por exemplo, passará a ganhar pelo menos R$ 15 — antes, faturava R$ 10.
Segundo a empresa, um entregador que cumprir uma carga horária de trabalho de 169 horas por mês — uma média de aproximadamente oito horas por dia considerando cinco dias úteis — passa a faturar R$ 3.020 brutos mensais.
Com esse novo valor, o autônomo deve ter um ganho líquido de duas vezes e meia acima o salário mínimo e 33% superior ao teto dos motofretistas.
O cadastro no iFood, assim como em outros apps, ocorre via aplicativo iFood para Entregadores, disponível apenas para Android. Nele, o interessados vai realizar o cadastro com seus dados, enviando foto de seus documentos, o tipo de veículo que possui, por exemplo, moto ou bicicleta, e a região que deseja entregar.
Não há um prazo exato para aprovação dos documentos, mas a empresa costuma retornar em 5 dias.
Até antes do reajuste, e considerando os descontos e gastos para rodar com a moto, cerca de 80% dos entregadores receberam mais de R$ 1.300 no mês. Para atingir esse valor é necessário marcar cerca de quatro horas de expediente.
Nessa média, entram também as gorjetas, que são livres de fracionamento com o iFood. O pagamento é feito na conta informada durante o envio de documentos.