Três foram os princípios que nortearam o desenvolvimento do novo Android: provocar encantamento; simplificar a vida; e tornar a pessoa sensacional (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 10h01.
São Paulo - Será que uma máquina pode ter alma? O Google espera responder a essa pergunta com a nova versão do Android, Ice Cream Sandwich, desenvolvida para conquistar emocionalmente os usuários do sistema.
Na semana passada, durante o anúncio do Galaxy Nexus, os executivos do Google deixaram claro que o foco principal não eram novas funcionalidades. Matias Duarte, diretor sênior de interface humana e experiência do usuário do Android, subiu ao palco para dizer que o objetivo principal do Ice Cream Sandwich era torná-lo amado e desejado. As pessoas gostam do Android, precisam dele. Mas não o amam, disse, citando como base um estudo interno feito pelo Google. Elas sabem que o sistema é poderoso, mas se sentem frustradas por não conseguirem usar todos os recursos.
Cada detalhe da interface foi repensado para provocar empatia. De acordo com Duarte, três foram os princípios que nortearam o desenvolvimento do novo Android: provocar encantamento; simplificar a vida; e tornar a pessoa sensacional. Mas de onde saiu essa ideia? As três reações são comuns em usuários de iPhones. Android e iOS já são equivalentes em relação às funcionalidades, e os aparelhos com Android têm até hardware mais potente. O que falta agora é conquistar o coração dos donos dos aparelhos, coisa que a Apple faz com um pé nas costas.
A batalha emocional é a última barreira capaz de consolidar de uma vez o domínio do Android. Só que há um problema nessa estratégia, criado pelo próprio Google. Os fabricantes adoram jogar suas interfaces por cima da que foi produzida pelo time do Android. Em design, a falta de padronização costuma criar Frankensteins, além de confundir o usuário. Resta saber se isso não se repetirá com o Ice Cream Sandwich.