TrueNorth consiste em 48 processadores que contam com 48 milhões de células nervosas artificiais, similares às de um roedor (Jean-Etienne Poirrier/Wikimedia Commons)
Lucas Agrela
Publicado em 18 de agosto de 2015 às 18h00.
São Paulo - A IBM anunciou, nesta semana, a criação de um conjunto de processadores chamado TrueNorth, que tem capacidade computacional comparável à de um cérebro de roedor.
A empresa pretende usar essa tecnologia para, no futuro, criar smartphones com CPUs que utilizam inteligência artificial. O objetivo da IBM é que seja possível identificar palavras e imagens de forma mais parecida com um cérebro biológico.
O TrueNorth consiste em 48 processadores que contam com 48 milhões de células nervosas artificiais. Esse é o mesmo número de neurônios de um roedor de pequeno porte.
O que a IBM quer fazer com essa tecnologia é trazer o processamento de serviços como a Siri, a assistente pessoal da Apple, para dentro dos celulares.
Atualmente, a Siri precisa mandar as informações via internet para que elas sejam processadas nos servidores da Apple.
O que o TrueNorth faz é, de certa forma, miniaturizar toda essa infraestrutura para que ela caiba no seu bolso e você não precise usar o seu pacote de dados quando quiser pedir à sua assistente pessoal para marcar um compromisso na agenda.
Vale ressaltar que a Apple é apenas um exemplo e não há relação entre a empresa e a IBM nesse projeto.
Os algoritmos de deep learning são executados pelo conjunto de processadores porque eles funcionam de maneira similar à de um cérebro de roedor.
O TrueNorth ainda entende somente instruções em código binário, ou seja, ele não funciona exatamente como um cérebro biológico.
Os processadores são pouco maiores do que uma moeda de 25 centavos e contam com 5,4 bilhões de transistores.
O consumo de energia é baixo, visto que a ideia é usar o TrueNorth em celulares. Cada processador consome 0,07 watt de energia.