Logotipo da IBM: "Projeto Lucy" levará 10 anos e custará 100 milhões de dólares (©AFP / Odd Andersen)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 09h19.
Lagos - A IBM começou a implantar seu sistema de supercomputador Watson na África nesta quinta-feira, dizendo que ele ajudará a lidar com obstáculos continentais de desenvolvimento tão diversos quanto diagnósticos médicos, coleta de dados econômicos e pesquisa de comércio eletrônico.
A maior fornecedora de serviços de tecnologia do mundo disse que o "Projeto Lucy" levará 10 anos e custará 100 milhões de dólares. O projeto foi nomeado em homenagem ao fóssil humano mais antigo já descoberto, encontrado no leste da África.
"Acredito que o projeto vai impulsionar toda uma era de inovação para os empreendedores aqui", disse a presidente-executiva da IBM, Ginni Rometty, para representantes em uma conferência na quarta-feira.
"Dados ... precisam ser refinados. Eles vão determinar incontestáveis vencedores e perdedores em todas as indústrias", disse ela.
O sistema Watson usa inteligência artificial que pode analisar rapidamente grandes quantidades de dados e entender linguagem humana bem o bastante para conseguir sustentar conversas sofisticadas. Ele venceu humanos no programa de perguntas e respostas da TV "Jeopardy", em 2011.
A tecnologia permitirá que as partes mais empobrecidas da África "pulem" estágios de desenvolvimento que não conseguiram alcançar por serem muito caros, similar à maneira que celulares se espalharam pelo continente em locais onde não existia virtualmente qualquer linha terrestre, disse Michel Bézy, um professor de tecnologia baseado em Ruanda que ajudou a desenvolver o sistema Watson.