chip7nm (Divulgação / IBM)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2015 às 10h09.
A IBM anunciou nesta quinta-feira (9) que conseguiu, em parceria com Samsung, GlobalFoundries e Universidade Estadual de Nova York, o primeiro processador funcional com arquitetura de 7 nanômetros. Com transistores ainda mais próximos uns dos outros e mais espaço útil para adicionar outros deles, o chip é capaz de carregar até quatro vezes mais poder computacional do que os modelos de silício atuais, ainda restritos aos 14 nm.
A informação vem do The New York Times, que relaciona o anúncio a um investimento de 3 bilhões de dólares feito pela IBM em "um esforço para produzir os chips de computador mais avançados no Vale de Hudson, em Nova York".
De acordo com a empresa de tecnologia, a redução na distância entre transistores foi possível graças ao uso do silício-germânio (SiGe) - em vez do silício puro - no processo de produção. A troca da matéria-prima principal dos chips, porém, não é uma ideia nova.
A própria Intel havia anunciado, ainda em fevereiro deste ano, que precisaria trocar o material quando começasse a trabalhar no desenvolvimento dos sucessores do processadores de 10 nm. Os substitutos cogitados, porém, era os nanotubos de carbono ou algum semicondutor dos grupos III-IV, como o arsenato de índio e gálio, dono de uma mobilidade maior de elétrons.
O material escolhido pela IBM e pelos pesquisadores da Universidade de Nova York é similar neste aspecto ao que era a Intel poderia utilizar. De acordo com o Ars Technica, o SiGe também tem uma mobilidade maior de elétrons que o silício puro, o que permite que a corrente adequada flua entre os transistores mesmo estando a distâncias menores.
Seguindo a Lei de Moore, os processadores de 7 nm ainda levarão pelo menos mais dois anos para chegar ao mercado, visto que ainda estamos nos chips com arquitetura de 14 nm. Os de 10 nm, como os da linha Skylake da Intel, devem chegar no segundo semestre deste ano e equipar notebooks e all-in-ones ainda mais finos do que os atuais - o que nos leva a imaginar o tamanho dos aparelhos com os chips ainda menores.