Escritório do Google (GOOGL34) em Mountain View, na Califórnia (Mike Blake/Reuters)
Tamires Vitorio
Publicado em 8 de julho de 2020 às 06h49.
Última atualização em 8 de julho de 2020 às 06h50.
Assim como muitos eventos ao redor do mundo, a conferência do Google sobre casas inteligentes também teve de ser adaptado para a pandemia – e nada mais justo do que fazê-lo virtualmente para falar sobre assistentes virtuais.
Começa nesta quarta-feira (8), o "Hey Google" Smart Home Virtual Summit, que dura até a quinta-feira. O evento promete trazer novidades, em especial sobre o Google Assistente, o alto-falante inteligente da empresa capaz de realizar tarefas rotineiras, como acender as luzes, e de conversar com o usuário.
Será possível acompanhar o evento em três fusos horários diferentes, sendo eles Ásia-Pacífico, Américas e Europa. A conferência trará novas discussões sobre ferramentas que devem facilitar os desenvolvedores a trabalhar com a assistente de voz do Google.
Um dos painéis inclui uma conversa com as empresas Vizio, Ikea, LG e Tuya para falar sobre os impactos da covid-19 no setor de tecnologia. Apesar de ter foco em desenvolvedores, vale a pena ficar de olho para possíveis novos produtos e ferramentas para casas inteligentes.
Para participar do evento, que é gratuito, basta se registrar no site da conferência. Ele começará às 14h45 no horário de Brasília e será gravado, o que possibilita que as pessoas o assistam mais tarde.
Um mercado aquecido
Concorrente do Google Assistente, a Alexa, da Amazon, tem uma vantagem em relação aos competidores no Brasil. Por aqui, a varejista, que tem cerca de cinco produtos do tipo, é a que mais aposta no mercado de alto-falantes inteligentes.
O Google tem apenas uma assistente lançada no mercado brasileiro, o Google Home, vendido por cerca de 479 reais, enquanto a Apple não tem nenhuma representante de alto-falante inteligente no Brasil.
O setor está bastante aquecido já há alguns anos e é mais forte nos Estados Unidos. Segundo um estudo feito pela consultoria americana OC&C Strategy Consultants de 2018, mais de 13% das famílias americanas têm em casa um alto-falante inteligente. No Reino Unido, são 10%.
Outra pesquisa feita pela consultoria americana Markets and Markets aponta que o mercado dos alto-falantes inteligentes deve crescer de 7,1 bilhões de dólares para 15,6 bilhões de dólares até 2025, impulsionado principalmente pelo advento das tecnologias para casas conectadas.
A Samsung, líder global de TVs há 14 anos, acabou de lançar as linhas Crystal UHD e QLED com a Alexa integrada ao sistema Tizen. Com a assistente, a companhia dá um passo para competir com a LG, que já contava com o Google Assistente integrado às suas TVs.
De acordo com a Amazon, até janeiro do ano passado mais de 100 milhões de dispositivos Alexa haviam sido vendidos no mundo. Entre assistentes virtuais e casas inteligentes, resta saber qual será o próximo passo das empresas.