Mulher folheia a última edição impressa da "Newsweek": o Washington Post vendeu a Newsweek ao multimilionário californiano Sidney Harman por um dólar em 2010 (©afp.com / Karen Bleier)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 15h57.
Washington - Quase 80 anos depois de sua primeira edição, o último exemplar impresso da revista Newsweek começou a ser vendido nesta segunda-feira, com um símbolo irônico, marcando sua transição para a era Twitter, com um formato totalmente digital.
A segunda maior revista semanal de notícias dos Estados Unidos estava enfrentando uma forte queda nas receitas de publicidade impressa, diminuindo de forma constante e sofrendo com a migração de leitores para portais com notícias gratuitas.
Para o site de sua "última edição impressa", fechada dia 31 de dezembro, a editora Tina Brown usou uma foto aérea de arquivo da sede da revista em Nova York como fundo de sua mensagem: "#LASTPRINTISSUE" (última edição impressa) com a palavra "impressa" em tinta vermelha.
"Agridoce! Desejem-nos sorte!", diz o tweet postado por Brown.
O Washington Post vendeu a Newsweek ao multimilionário californiano Sidney Harman pela quantia simbólica de um dólar em 2010, antes de um acordo com o conglomerado de Internet IAC para fundir a revista semanal ao site de opinião The Daily Beast.
Em meio a uma feroz rivalidade de décadas com a tradicional revista Time, a Newsweek publicou capas mais audaciosas e, frequentemente, controversas.
Seu primeiro número, publicado no dia 17 de fevereiro de 1933, contou com sete fotografias da semana impressas na parte dianteira, incluindo uma de Adolf Hitler em Berlim declarando: "A nação alemã deve ser construída novamente do zero".