Tecnologia

Hackers russos roubam detalhes de defesa cibernética dos EUA

O roubo dos segredos ocorreu depois que Edward Snowden, contratado da NSA, armazenou informações altamente confidenciais em seu computador pessoal

Hackers: o roubo não foi descoberto até 2016 (./Thinkstock)

Hackers: o roubo não foi descoberto até 2016 (./Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 18h24.

Washington - Hackers apoiados pelo governo russo roubaram em 2015 segredos dos Estados Unidos sobre como penetrar em redes de computadores estrangeiras e como se proteger contra ataques cibernéticos, informou o Wall Street Journal nesta quinta-feira, citando fontes não identificadas.

O roubo dos segredos ocorreu depois que Edward Snowden, contratado da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, armazenou informações altamente confidenciais em seu computador pessoal.

Snowden usou um popular software antivírus da Kaspersky Lab, com sede na Rússia, que pode ter permitido que os hackers identificassem e direcionassem seus arquivos, disseram várias fontes ao jornal norte-americano.

Os especialistas consideram o roubo, que não foi descoberto até 2016, uma das brechas de segurança mais significativas dos últimos anos, disse o WSJ, incluindo detalhes de como a NSA se infiltra nas redes de computadores estrangeiras, o código de computador que usa para tal espionagem e como defende as redes dentro dos Estados Unidos, disseram as fontes ao jornal.

A Kaspersky Lab não foi encontrada para comentar. O Wall Street Journal citou a empresa russa dizendo que "não foi fornecida qualquer informação ou evidência que sustente esse suposto incidente e, como resultado, devemos assumir que este é outro exemplo de uma falsa acusação".

A Agência de Segurança Nacional não respondeu aos pedidos de comentários da Reuters.

A revelação ocorre em meio a crescente investigação de pirataria russa em alvos dos EUA desde as eleições presidenciais de 2016 e a descoberta de que os russos invadiram os computadores de grupos ligados ao partido Democrata e tentaram influenciar o resultado em favor do presidente republicano Donald Trump.

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