Google em Dublim: problemas de segurança afloram (.)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2010 às 15h36.
São Paulo - Os autores do ciberataque de dezembro do ano passado contra o sistema do Google obtiveram informação das senhas de acesso de milhões de usuários, incluindo e-mails e aplicações empresariais, informou nesta terça-feira o jornal americano "The New York Times".
A edição digital do jornal, que cita uma pessoa com conhecimento direto na investigação, confirmou a informação, que não tinha sido citada pela empresa quando comunicou os ataques a seus sistemas.
O programa, com o nome "Gaia" (que representa a deusa Terra na mitologia grega), recebeu um ciberataque durante dois dias, de acordo com o jornal.
Aparentemente, os "intrusos" não teriam roubado senhas pessoais dos usuários do serviço de e-mail do Google (Gmail), mas o gigante de internet iniciou então rápidas mudanças na segurança de suas redes.
Para o "The New York Times", estes detalhes aumentam o debate sobre a segurança e a privacidade dos grandes sistemas e serviços como o Google, que centralizam informações digitais de milhões de pessoas e empresas.
O jornal destaca a vulnerabilidade do que é popularmente conhecido como "a nuvem", o grupo de computadores que aloja grande quantidade de informação, e assinala que uma só ruptura de seus códigos ou de sua segurança pode ter consequências devastadoras.
O roubo ocorreu com uma mensagem enviada a um empregado do Google na China, que usava o programa Messenger, da Microsoft, segundo a fonte, que exigiu anonimato.
Ao acessar um link "contaminado" de um site, o empregado permitiu involuntariamente que os "intrusos" invadissem seu computador pessoal, e depois um grupo de computadores de profissionais altamente qualificados em sua sede central em Mountain View, no estado americano da Califórnia.
Após o ataque, a empresa anunciou no último dia 12 de dezembro que modificaria sua política na China pela invasão da propriedade industrial e os riscos das contas pessoais de dois defensores dos direitos humanos na China.
O anunciou suscitou tensões entre Pequim e Washington, e, como consequência, o Google decidiu tirar suas operações da China e levar à Região Administrativa Especial de Hong Kong.
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