Proteção: "Fiquei surpreso ao perceber quanta gente usa redes sem proteção de senha em pleno ano de 2014", disse o hacker (Flickr.com/intelfreepress)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 07h56.
São Paulo - Atire a primeira pedra quem nunca tentou usar o Wi-Fi do vizinho em um momento de dificuldade. O americano Gene Bransfield, entretanto, foi bem além disso: ele colocou em seu gato de estimação, Coco, um equipamento capaz de mapear os sinais de Wi-Fi dos vizinhos e perceber qual é o nível de segurança de cada um deles, com ajuda de um cartão Wi-Fi, um módulo GPS, uma bateria e um chip, construído com menos de US$ 100.
Em apenas três horas de passeio, Coco conseguiu encontrar 23 redes diferentes de Wi-Fi na vizinhança. Mais de um terço delas utilizavam o método de encriptação WEP, facilmente hackeável, ou não tinham nenhum nível de segurança.
A intenção de Bransfield, entretanto, não era simplesmente se aproveitar das redes próximas à de sua residência, mas a de perceber como a maioria das pessoas utiliza métodos de segurança pouco elaborados para proteger suas redes.
"Fiquei surpreso ao perceber quanta gente usa redes sem proteção de senha em pleno ano de 2014", disse o hacker, que argumentou na DEF-CON (a maior feira hacker do mundo, sediada em Las Vegas) que o experimento não tinha a intenção de uma ferramenta séria para hackear a vizinhança, mas apenas uma brincadeira para testar possibilidades.
"Gatos são mais divertidos que pessoas, mas podem ser úteis para conscientizar todo mundo sobre a segurança de suas redes", comentou Bransfield em entrevista à revista Wired.