Fachada do prédio-sede do banco JPMorgan em Nova York, Estados Unidos: essa é uma das instituições financeiras que está discutindo a proibição (Eduardo Munoz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 12h44.
Nova York - Grandes bancos estão considerando impedir os funcionários de usar salas de bate-papo eletrônicas, que têm se tornado um instrumento difundido de negociações modernas no mercado, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal.
Essa ferramenta vem enfrentando cada vez mais escrutínio dos órgãos reguladores por ser um potencial meio de conluio e manipulação do mercado.
De acordo com fontes, o JPMorgan Chase e o Credit Suisse estão discutindo internamente se desativam ferramentas de bate-papo que ligam eletronicamente operadores de vários bancos e são usadas por milhares de funcionários globalmente.
Royal Bank of Scotland Group (RBS), Barclays, UBS e Citigroup, entre outros, também estão revisando o uso dessas ferramentas e padrões para controle e monitoração de todas as comunicações eletrônicas, segundo funcionários desses bancos e de empresas que fazem negócios com eles.
As salas de bate-papo se tornaram integradas ao modo como os operadores se comunicam uns com os outros e com os clientes. Mesas de operação em todo o mundo que compram e vendem moedas, commodities, ações e ativos de renda fixa dependem, pelo menos em parte, das salas de bate-papo, que ligam diversos bancos e seus clientes principalmente por terminais da agência Bloomberg.
No entanto, uma série de investigações de órgãos reguladores sobre possível manipulação de taxas de juros e outros mercados concentrou um dos focos nas ferramentas de bate-papo. O potencial para multas pesadas e danos à reputação fez com que alguns bancos considerassem uma reformulação no modo como os operadores realizam suas atividades.
A Bloomberg não fez comentários imediatos. A Dow Jones & Co., que publica o Wall Street Journal, concorre com a Bloomberg na venda de notícias e informações financeiras. Fonte: Dow Jones Newswires.