Tecnologia

Governo revisará plano de banda larga

"Antes achávamos que a velocidade maior só seria alcançada com banda larga fixa. As novas tecnologias apontam que a banda larga móvel vai resolver também"


	Internet: a banda larga fixa cresceu 70% (de 15,3 milhões de conexões, para 22,3 milhões), enquanto na banda larga móvel houve uma explosão de consumo, com crescimento que ultrapassou 500%
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Internet: a banda larga fixa cresceu 70% (de 15,3 milhões de conexões, para 22,3 milhões), enquanto na banda larga móvel houve uma explosão de consumo, com crescimento que ultrapassou 500% (Lionel Bonaventure/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2014 às 10h36.

Brasília - O ministro das Comunicações Paulo Bernardo participou nesta semana do Congresso Mundial de Comunicações Móveis (MWC), em Barcelona, e voltou ainda mais convencido de que o governo precisa atualizar o Plano Nacional de Banda Larga, para o que ele chama de PNBL 2.0. A ideia é que essa revisão seja feita ainda neste ano com foco em redes fixas super rápidas e acesso móvel, no smartphone e tablet.

Segundo o ministro, o desenvolvimento do setor no Brasil, nestes quase quatro anos do Plano, mostra que a banda larga fixa cresceu 70% (de 15,3 milhões de conexões, para 22,3 milhões), enquanto na banda larga móvel houve uma explosão de consumo, com crescimento que ultrapassou 500% - de 15,3 milhões para 103,1 milhões de conexões. Só em 2013, as conexões móveis cresceram 77%.

"Temos carência muito grande de infraestrutura. Em qualquer modelo que adotarmos, precisaremos aumentar muito as redes de fibras óticas, que formam a infraestrutura básica das telecomunicações, mas o acesso ao consumidor será cada vez mais pelas redes móveis, suportadas, repito, pelas redes fixas de fibras óticas", diz.

Segundo o ministro, "as redes móveis são construídas muito mais rapidamente, a menor custo, e a mobilidade atrai muito mais o usuário". "Cada vez menos gente quer telefones ou computadores presos à parede. As pessoas preferem os modelos móveis, que vão no bolso aonde o usuário for." A própria presidente Dilma Rousseff também já tinha mostrado preocupação com a questão da velocidade e cobrava melhoria nesse campo.

"Antes achávamos que a velocidade maior só seria alcançada com banda larga fixa. As novas tecnologias apontam que a banda larga móvel vai resolver também, pois tem custos menores e é mais rápida de fazer. Sempre com o suporte das fibras óticas no atacado", explica o ministro. "As pessoas querem acesso móvel, porque quem fica parado é poste", brincou Paulo Bernardo. 

Acompanhe tudo sobre:Banda largaInternetInternet móvel

Mais de Tecnologia

ChatGpt fora do ar? IA tem instabilidade neste sábado, 26

Spotify vai aumentar preço das assinaturas a partir de junho, diz jornal

Como antecipado pela EXAME, Apple amplia produção de iPhones no Brasil

Apple vai deslocar produção da maioria dos iPhones vendidos nos EUA para Índia até fim de 2026