Tecnologia

Governo Obama defende coleta de registros da Verizon

Governo reconheceu que está recolhendo uma grande quantidade de registros telefônicos como forma de proteger norte-americanos de ataques


	Loja da Verizon em Los Angeles: admissão aconteceu após The Guardian ter divulgado uma ordem judicial secreta relacionada aos registros de milhões de clientes da companhia
 (Eric Thayer/Getty Images)

Loja da Verizon em Los Angeles: admissão aconteceu após The Guardian ter divulgado uma ordem judicial secreta relacionada aos registros de milhões de clientes da companhia (Eric Thayer/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 12h50.

Washington - O governo Obama reconheceu nesta quinta-feira que está recolhendo uma grande quantidade de registros telefônicos a partir de pelo menos uma operadora de telefonia, defendendo a prática como necessária para proteger norte-americanos de ataques e reabrindo um debate sobre privacidade.

A admissão aconteceu após que o jornal britânico The Guardian ter divulgado uma ordem judicial secreta relacionada aos registros de milhões de clientes da Verizon Communications em seu site, na quarta-feira.

Um alto funcionário do governo disse que a ordem judicial refere-se apenas a dados como um número de telefone ou a duração de uma chamada, e não às identidades dos assinantes ou o conteúdo das chamadas telefônicas.

Essa informação é "uma ferramenta fundamental para proteger a nação de ameaças terroristas aos Estados Unidos", disse o funcionário, que falou sob condição de não ser identificado.

"Isso permite que o pessoal de combate ao terrorismo possa descobrir se os terroristas conhecidos ou suspeitos tenham estado em contato com outras pessoas que podem estar envolvidas em atividades terroristas, em especial as pessoas localizadas dentro dos Estados Unidos", acrescentou o funcionário.

A revelação levanta novas preocupações quanto ao tratamento dado pelo presidente Barack Obama a questões de privacidade e liberdade de expressão. O governo já está sob críticas por ter vasculhado os registros telefônicos dos jornalistas da Associated Press e os emails de um repórter da emissora de TV Fox, como parte de suas investigações sobre o vazamento de informações oficiais.

Não ficou imediatamente claro se a prática se estende a outras operadoras de telefonia.

A ordem emitida na quarta-feira por um tribunal federal dos EUA se dirige às unidades de serviços para negócios da Verizon e ordena a entrega de dados eletrônicos diários até o dia 19 de julho.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEmpresasEmpresas americanasPersonalidadesPolíticosPrivacidadeVerizon

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes