Paulo Bernardo: ministro disse que satélite custou US$ 140 milhões. Como metade dele pertencia ao país e a outra metade à China, governo perdeu US$ 70 milhões (Antonio Cruz/Abr)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 16h18.
Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira, 17, que o governo insistirá com a China para adiantar a montagem e o lançamento de um segundo satélite ainda em 2014.
O prazo original para que isso ocorresse era 2015, mas os planos mudaram depois que a tentativa de pôr o primeiro em órbita fracassou, na semana passada.
"Já temos outro satélite já fabricado e pronto. Isso estava no orçamento do projeto, mas o que se pretendia era montar e lançar em 2015. Agora estamos discutindo a possibilidade de lançar ainda em 2014", afirmou, após participar da cerimônia de posso do novo conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Igor Vilas Boas de Freitas.
De acordo com o ministro, o acordo firmado entre Brasil e China para o projeto já previa a montagem e lançamento de um segundo satélite. "As peças foram feitas todas em duplicidade e foram todas junto com o satélite com a China", afirmou. "A discussão é se vai ser montado aqui ou lá."
O ministro disse que o satélite custou US$ 140 milhões. Como metade dele pertencia ao país e a outra metade à China, o governo perdeu US$ 70 milhões. A discussão sobre qual país vai arcar com os custos do lançamento do novo satélite, no entanto, ainda não foi feita.
De acordo com Bernardo, o satélite caiu devido a uma falha no foguete que faria seu lançamento. Um problema na mistura de combustível e oxidante desligou o terceiro motor do foguete dez segundos antes do tempo necessário. Por essa razão, o satélite não chegou a uma velocidade suficiente para se manter em órbita e caiu.