Londres (@Doug88888)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 11h34.
O poder executivo do Reino Unido estimulará o uso de softwares livres em vez de produtos com copyright, como o pacote Office da Microsoft, para economizar gastos, disse nesta quarta-feira o secretário de estado do governo britânico, Francis Maude.
Em uma discurso durante um evento sobre novos serviços digitais, Maude disse que o governo estuda abandonar os caros programas produzidos por empresas como Microsoft, muito frequentes nos ambientes de trabalho.
Desde 2010, o setor público britânico 200 milhões de libras (R$ 808 milhões) no pagamento de licença de produtos do pacote Office.
Segundo o político, responsável pela reforma da administração pública britânica, poderiam ser cortados anualmente uma proporção significativa desse valor somente com a mudança para programas de software de código aberto como OpenOffice e Google Docs.
Diversificando o uso de software nos escritórios do governo "ajudaremos a romper o oligopólio dos fornecedores e a melhorar as comunicações entre os funcionários", justificou.
Essa proposta faz parte do propósito da coalizão de conservadores e liberal-democratas para tornar a gestão mais eficiente.
"O software que utilizamos no governo é produzido por poucas companhias. Um pequeno oligopólio domina o mercado", afirmou Maude.
O secretário de Estado quer que "se utilize um maior leque de softwares, de modo que os funcionários tenham acesso a informação que precisam e possam fazer seu trabalho sem ter de comprar uma marca de software em particular".
Esta medida, explicou, "ajudará os departamentos a fazer algo tão simples como compartilhar documentos de maneira mais simples e facilitará os cidadãos a acessarem e compartilharem informação do governo".
O executivo também estimulará a entrada de pequenas e médias empresas nas contratações do setor público, acrescentou.
Maude promoveu a criação do chamado Cloudstore, uma loja virtual de softwares para que prefeituras e outros organismos públicos possam comprá-los.
Desde a chegada ao poder do Executivo de David Cameron, a proporção de pequenas e médias empresas nos contratos do governo aumentou de 6% para 10%, disse.
"Agora sabemos que as melhores tecnologias e as melhores ideias digitais partem com frequência de pequenos negócios, que no passado eram com frequência excluídos da rotina de trabalho do governo", observou.