cookies (Mrs Magic/Flickr)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2013 às 13h21.
São Paulo O Google abandonará o uso de cookies para rastrear as atividades de usuários na web. A informação é do jornal USA Today, que ainda mostrou que a empresa está desenvolvendo uma nova, aprimorada, chamada AdID.
Os cookies são usados hoje como uma forma de saber o que os visitantes de um site fazem depois de acessarem a página. Dessa forma, é possível direcionar anúncios com base nos endereços que as pessoas abrem. Como boa parte do tráfego na web passa pelo Google, 90% do dinheiro arrecado pela empresa vem dessas publicidades direcionadas nada mais natural, portanto, que aprimorar o sistema que os baseia.
De acordo com o USA Today, a nova tecnologia se chamará AdID, mas ainda não foi levada a público justamente por isso, a fonte ouvida pelo jornal não quis se identificar. Ela funcionará como uma versão melhor dos atuais cookies, que hoje precisam ser "adaptados" para cada site. Com o novo sistema, um identificador anônimo deverá ser atribuído a cada pessoa, e não mais a páginas o que tornaria mais fácil o rastreamento de atividades e ainda economizaria espaço do usuário.
A invasão, portanto, não acabará, mas ao menos se tornará mais segura ou pelo menos parece ser essa a ideia. Na janela de configurações do navegador (no caso, o Chrome), usuários poderão ter mais controle sobre a forma como são rastreados na internet, aprovando inclusive quais anunciantes terão acesso às informações.
O sistema próprio, no entanto, não parece ter agradado tanto outras empresas, como também informa o USA Today. O grande medo é que o Google hoje dominante no mercado de publicidade ganhe ainda mais poder sobre os anúncios. Além de dar mais poder aos próprios usuários e substituir os atuais cookies terceirizados, o gigante de buscas ainda poderia definir quais companhias teriam acesso ao AdID.
Navegadores X Anunciantes A notícia do novo sistema de rastreamento do Google deve tornar a relação entre navegadores e anunciantes ainda mais complicada. O Safari, da Apple, não permite cookies de terceiros desde a versão de 2003, enquanto o Internet Explorer passou a contar com uma opção Do Not Track (não rastreie) ativada por padrão na versão 10. O Firefox também conta com um recurso parecido, e a Mozilla deve inclusive dar a mesma função do Safari ao próprio navegador o que provocou a ira de outras empresas.