Tecnologia

Google teria espiado funcionários ilegalmente antes de demiti-los

No ano passado, o Google afirmou que funcionários haviam sido demitidos por terem violado suas políticas de segurança de dados

Google: empresa pode ser julgada em abril do ano que vem (Bloomberg/Getty Images)

Google: empresa pode ser julgada em abril do ano que vem (Bloomberg/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 09h31.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 11h21.

O Google foi acusado de violar as leis trabalhistas dos Estados Unidos após a demissão de dois funcionários que estavam envolvidos na organização de trabalhadores. Segundo o National Labor Relations Board, a gigante de tecnologia teria espiado os colaboradores antes de demiti-los --- o que é ilegal.

A demissão de dois funcionários é questionada pelo NLRB. Laurence Berland e Kathryn Spiers foram demitidos em novembro do ano passado em meio aos protestos de colaboradores sobre a conduta da empresa em relação a assédio sexual e ao trabalho do Google na fronteira americana. O órgão afirma que o Google "questionou virtualmente" e interrogou os funcionários que estavam engajados no ativismo profissional.

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Antes de sua demissão, Berland havia pesquisado mais sobre a relação da companhia com uma firma conhecida por ser anti-união dos funcionários, enquanto Spiers criou uma notificação que informava seus colegas de trabalho sobre direitos de se organizarem.

No ano passado, o Google afirmou que ambos haviam sido demitidos por terem violado suas políticas de segurança de dados. Nesta quarta-feira, 2, o NLRB afirmou que tais políticas --- que não permitiam que os funcionários tivessem acesso ao calendário de outros profissionais, por exemplo --- são ilegais.

O Google precisa responder ao NLRB até o dia 16 de dezembro. Um julgamento foi marcado para o dia 12 de abril. A empresa pode ser obrigada a pagar salários para Spiers e Berland ou recontratá-los, se perder o caso.

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