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Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2010 às 13h30.
Washington - O Google não está surpreso com a falta de apoio público da parte do Vale do Silício em seu confronto com a China, devido a ataques de hackers e censura, afirmou no domingo o presidente-executivo da empresa, Eric Schmidt.
"Foi como esperávamos," disse Schmidt, em reunião da American Society of News Editors.
"O Google é uma empresa incomum," afirmou, acrescentando que outras empresas de tecnologia no Vale do Silício provavelmente tinham opiniões variáveis sobre a decisão do Google de reportar publicamente os ataques de hackers e rejeitar a censura aos seus resultados de busca em chinês.
"Pudemos tomar uma decisão cuja base eram nossos princípios," disse Schmidt, que não está seguro de qual será o resultado final.
"É uma batalha," disse. "Sabemos que existe um grupo razoavelmente grande de pessoas na China que está procurando informações não censuradas."
O Google anunciou em 22 de março que retiraria seus serviços de busca em chinês da China, mencionando um ataque de hackers no final de 2009 que alegou ter se originado da China.
A empresa encerrou sua censura aos resultados de busca em chinês no mês passado. Os pedidos de busca originados da China vêm sendo desde então encaminhados a servidores instalados em Hong Kong, e têm sofrido censura intermitente da parte de Pequim, segundo a companhia.
O Google, líder mundial em buscas de Internet e segundo colocado no setor no mercado chinês --atrás do líder Baidu--, anunciou que pretendia manter algumas operações de negócios na China, entre as quais, uma equipe de pesquisa e desenvolvimento e uma equipe de vendas.
ADMOB
Na ocasião, Schmidt também disse que o ingresso da Apple no mercado de publicidade, na semana passada, facilitava a tarefa do Google em defender a aquisição da AdMob, empresa líder de publicidade em celulares, junto às autoridades regulatórias.
As autoridades antitruste dos Estados Unidos estão aparentemente preocupadas com a possibilidade de que a aquisição da Admob prejudique os produtores independentes de aplicativos, que muitas vezes vendem seus programas a baixo preço e lucram com a publicidade neles veiculada.