Google: empresa é suspeita de manipulação de resultados (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2011 às 10h56.
São Paulo – Quando você clica no botão “Estou com sorte”, do Google, pensa que os melhores resultados aparecem na tela? Pois a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) duvida desse ranking. O órgão regulatório prepara uma intimação ao Google como parte de um inquérito para investigação de suspeita de manipulação dos resultados de busca da empresa, informou o jornal The New York Times. A investigação está centrada no principal negócio da companhia: busca na Internet e publicidade, que totalizou 29,3 bilhões de dólares no ano passado.
Ao fazer um site ter mais ou menos chances de aparecer no topo das buscas, o Google, teoricamente, pode afetar a quantidade de tráfego de um site e, portanto, o quanto ele poderia cobrar por publicidade.
No ano passado, a Comissão Europeia abriu uma investigação antitruste contra o Google, depois de reclamações de empresas menores, que alegaram ter seus sites rebaixados nos resultados. A investigação ainda está pendente.
Nos últimos anos o Google tem sido alvo de investigações por parte de órgãos antitruste, a maioria delas envolvendo aquisições. De acordo com a empresa de pesquisa comScore, o Google controla 65,5% do mercado, o Yahoo tem 16% e o Bing, 14%. Nos Estados Unidos, a Comissão e o Departamento de Justiça americano analisaram de perto as aquisições das empresas de publicidade online DoubleClick e AdMob.
Mais recentemente, a justiça americana analisou a compra da ITA Software, uma empresa de serviços de viagens. O governo permitiu a operação depois que o Google concordou em deixar o governo monitorar o caso. Neste mês o governo iniciou uma investigação sobre a aquisição de 400 milhões de dólares da Admeld, que fornece serviços de publicidade às editoras.
Em 2008, o Departamento de Justiça também bloqueou uma proposta de acordo publicitário entre Google e Yahoo por causa das preocupações sobre seu efeito na concorrência. No ano passado, também se opuseram ao acordo entre Google e editoras e autores, em parte porque a empresa teria poder demais no mercado de livros digitais.