SpaceX: 60 dos satélites Starlink vistos do céu noturno (Yuri Smityuk/TASS/Getty Images)
Laura Pancini
Publicado em 14 de maio de 2021 às 10h01.
Nesta quinta-feira (13), o Google Cloud, serviço em nuvem do Google, anunciou uma parceria com a SpaceX, empresa espacial de Elon Musk.
A empresa-filha da Alphabet irá fornecer serviços em nuvem e suporte de rede e computação para fortalecer o Starlink, serviço de internet ultra-rápida via satélite da empresa de Musk. Em troca, a SpaceX irá instalar estações terrestres do Starlink nos data centers (centro de processamento de dados, em português) do Google.
A companhia de Elon Musk busca empresas-alvo para auxiliar no fornecimento de internet de alta velocidade para residências e empresas que não possuem banda larga, e parece ter encontrado o par perfeito com a rede privada de alta capacidade do Google Cloud.
A parceria irá dar acesso a serviços e aplicativos totalmente em nuvem para quem tiver o serviço Starlink instalado. Em comunicado, a empresa de Sundar Pichai diz que qualquer organização, esteja ela operando em um ambiente altamente conectado ou remoto, geralmente precisa de acesso a aplicativos executados na nuvem ou a serviços em nuvem.
"A conectividade da constelação de satélites do Starlink na baixa órbita da Terra fornece um caminho para essas organizações fornecerem dados e aplicativos para equipes distribuídas em países e continentes, de forma rápida e segura", afirma.
A expectativa das duas companhias é que o novo recurso esteja disponível no segundo semestre de 2021.
"Combinar a banda larga de alta velocidade e baixa latência do Starlink com a infraestrutura e recursos do Google fornece às organizações globais a conexão segura e rápida que as organizações modernas esperam", disse Gwynne Shotwell, presidente e COO da SpaceX, em comunicado.
Com o slogan "Melhor do que nada", a internet ultra-rápida de Musk promete velocidade de acesso entre 50 e 150 Mbps, além de uma atualização do software de rede em 2021 com redução da latência para algo entre 16 e 19 milissegundos.
Por enquanto, existem mais de 1.500 satélites do Starlink em órbita e a expectativa é que este número chegue a um total de 4.425 em 2024. Segundo a empresa, a largura de banda irá aumentar com o lançamento de mais satélites. Por enquanto, mais de 10.000 usuários já fazem parte do plano beta.
Ainda não há garantia de que o Starlink vai chegar no Brasil, já que ainda seria necessária a aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Porém, segundo informações da MSN, a empresa tem registros para conduzir negócios no Brasil, além de outros 13 países: Áustria, Argentina, França, Chile, Colômbia, Irlanda, Itália, México, Holanda, Nova Zelândia, Filipinas, África do Sul e Espanha.