Bomb Gaza: jogadores lançam bombas de um avião de caça, driblando mísseis do Hamas (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 08h41.
San Francisco - Um jogo para celular que simula ataques israelenses contra a Faixa de Gaza e que convida os usuários a "soltar bombas e evitar a morte de civis" foi retirado da loja de aplicativos do Google, disse um porta-voz da empresa nesta segunda-feira, depois que o assunto provocou uma reação pública.
"Bomb Gaza" (Bombardeie Gaza), desenvolvido pela PlayFTW e ainda disponível como aplicativo no Facebook, simula o atual conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que domina o território palestino.
Jogadores lançam bombas de um avião de caça, driblando mísseis de combatentes do Hamas em máscaras pretas e verdes.
"Nós removemos aplicativos do Google Play que violam nossas políticas", disse um porta-voz do Google, confirmando que o jogo tinha sido removido da loja de aplicativos Google Play. O Google não especificou qual política o jogo havia violado.
O Google Play tem regras que proíbem conteúdo relacionado a discurso de ódio, assédio moral e violência e permite que os usuários denunciem se o aplicativo é abusivo.
O jogo provocou comentários indignados na página de opinião na loja do Google, assim como no Facebook. O programa foi baixado cerca de mil vezes desde que foi lançado em 29 de julho, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
"Vocês me dão nojo", escreveu Saj Ishaq na página pública da PlayFTW no Facebook.
O Facebook não respondeu imediatamente aos pedidos para comentar, e a empresa PlayFTW não pôde ser contatada de imediato.
"Por favor, tire isso da loja Play. É ofensivo e estou realmente triste que o Google permitiu isso. Se este jogo não for removido, vou começar um boicote ao Google", escreveu o usuário Oma Al na página de opiniões sobre o jogo, de acordo com o The Guardian.
Israel lançou uma ofensiva militar em 8 de julho na Faixa de Gaza em resposta ao aumento dos disparos de foguetes do grupo militante islâmico Hamas. Autoridades de Gaza dizem que quase 1.900 palestinos, a maioria civis, morreram e que cerca de três mil casas foram destruídas ou danificadas desde o início da guerra.