Tecnologia

Google reaviva disputas fronteiriças entre Nicarágua e Costa Rica

Google publicou em seu blog para a América Latina que "houve uma inexatidão na demarcação da fronteira entre os países

Segundo o Google, "se tentou envolver o Google Maps na disputa por causa de uma inexatidão em seus mapas" (Getty Images)

Segundo o Google, "se tentou envolver o Google Maps na disputa por causa de uma inexatidão em seus mapas" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 22h35.

San José - O serviço de mapas do Google tornou-se nesta sexta-feira protagonista de disputas fronteiriças entre Costa Rica e Nicarágua, depois que a companhia anunciou que cometeu uma "inexatidão" no traçado da fronteira.

Segundo a Nicarágua, o Google Maps demarcou as fronteiras de maneira correta, incluindo no território do país uma porção da Ilha Calero, que a Costa Rica reivindica como sua.

O Google publicou nesta sexta-feira em seu blog para a América Latina que "houve uma inexatidão na demarcação da fronteira entre Costa Rica e Nicarágua e está trabalhando para atualizar a informação" o quanto antes.

O texto, assinado por Daniel Helft, diretor de comunicação, políticas e assuntos públicos do Google para a região, afirma que "teve início um conflito fronteiriço entre Nicarágua e Costa Rica e se tentou envolver o Google Maps na disputa por causa de uma inexatidão em seus mapas".

O comunicado destaca que "apesar de os mapas do Google terem uma altíssima qualidade e a companhia trabalhar constantemente para melhorar e atualizar as informações existentes, eles de nenhuma maneira podem ser tomados como referência no momento de decidir ações militares entre as duas nações".

Na quarta-feira, a Costa Rica denunciou à Organização dos Estados Americanos (OEA) uma incursão militar da Nicarágua na Ilha Calero.

O vice-chanceler costarriquenho, Carlos Roverssi, declarou nesta sexta-feira à Agência Efe que os únicos instrumentos válidos para este litígio são os mapas elaborados pelas instituições oficiais dos dois países, pelos quais, segundo ele, a Ilha Calero aparece como território costarriquenho.

"O grave é que a Nicarágua usou os mapas do Google para distorcer a realidade", disse Roverssi. 

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