Tecnologia

Google quer saber quais dados são coletados pelas extensões do Chrome

Empresa americana anunciou uma nova política de privacidade e transparência para o navegador. Medida deve trazer mais segurança aos internautas

Chrome: o navegador do Google vai adotar políticas mais rigorosas de privacidade e transparência (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

Chrome: o navegador do Google vai adotar políticas mais rigorosas de privacidade e transparência (Thomas Trutschel / Colaborador/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 13h08.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 13h33.

Uma alteração nas políticas do Google vai obrigar as empresas que possuem extensões no navegador Google Chrome a revelar o que é feito com os dados coletados dos usuários que utilizam os add-ons. Segundo a empresa, os novos termos vão começar a valer a partir de 2021 e garantem uma maior camada de privacidade e transparência das desenvolvedoras aos internautas.

As medidas foram anunciadas em uma postagem do Chromium Blog. “A partir de janeiro de 2021, a página de detalhes de cada extensão na Chrome Web Store mostrará informações fornecidas pelo desenvolvedor sobre os dados coletados pela extensão, em linguagem clara e fácil de entender”, diz o texto. “A coleta de divulgação de dados está disponível para desenvolvedores hoje.”

Na prática, isso significa que as empresas que desenvolvem extensões para o navegador precisarão especificar com clareza o que é feito com as informações coletadas dos usuários uma vez que os programas são instalados e passam a ter acesso a dados da navegação. Caso a norma não seja respeitada, as extensões não serão mais disponibilizadas na loja Chrome Web Store, a loja oficial de extensões e apps do navegador.

A postagem também cita que o Google está introduzindo uma política adicional focada em limitar o uso dos dados coletados. A companhia lembra que a venda dessas informações, assim como a aplicação em campanhas publicitárias ou para fins de crédito ou empréstimo é proibida. O uso dos dados também deve ser direcionado ao benefício principal do usuário.

O texto ainda diz que as empresas que desenvolvem extensões para o navegador têm até o dia 18 de novembro como prazo final para a adequação às novas regras. Se não o fizerem, não terão mais seus softwares disponibilizados na loja virtual.

O Google é uma das empresas de tecnologia que estão na mira de órgãos reguladores dos Estados Unidos e um dos motivos é justamente como a companhia utiliza dados dos usuários para benefício próprio. A companhia é acusada de prejudicar a competição no mercado americano ao utilizar a força de sua tecnologia para enfraquecer concorrentes.

Acompanhe tudo sobre:ChromeGooglePrivacidadeseguranca-digital

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes