Google (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 09h22.
O Google tenta convencer o governo americano a liberar frequências de rede ainda não utilizadas por serviços de internet dos Estados Unidos. De acordo com o jornal Wall Street Journal, a intenção da empresa é reduzir o custo do acesso à internet sem fio no país.
As empresas de telecomunicação americanas operam na faixa entre 600 e 700 MHz, comprimentos de onda que conseguem viajar por longas distâncias e atravessam grandes construções, por exemplo.
O Google quer que o governo americano libere a faixa de 3,5 GHz, raramente usada por ter alcance muito menor do que aquelas disponíveis.Elas não interessam às grandes empresas de telefonia, que precisam de redes de longo alcance e com cobertura nacional.
Esse comprimento de onda, porém, seria capaz de carregar grandes quantidades de dados em curtos espaços, uma alternativa viável para a criação de redes wi-fi em áreas restritas dentro de espaços urbanos.
Segundo o Wall Street Journal, o Google defende que essa faixa seja usada "na implantação de redes wi-fi de alta velocidade e baixo custo em parques, prédios ou áreas públicas, tornando o acesso à internet mais barato para os consumidores."
De acordo com o jornal, o Google acredita que o formato atual de exploração das frequências disponíveis impede que novas empresas entrem no mercado. Os custos para comprar e manter uma faixa gira em torno das dezenas de bilhões de dólares por ano.
Dessa forma, se novas faixas do espectro de rádio forem liberadas, novas empresas entrariam no mercado, abaixando os preços cobrados atualmente.
O Google não comentou seus planos para a nova frequência e ainda não está claro se a empresa iria explorá-las diretamente.
Iniciativas como o Google Fiber, que está instalando redes de fibra-óptica em grandes cidades americanas, e o Projeto Loon, que quer levar conexão a internet até regiões remotas do planeta por meio de balões, indicam que a empresa enxerga o acesso à rede como parte de seu futuro.
Mas, de qualquer forma, internet barata em grandes cidades estimularia o acesso de mais consumidores, que, obviamente, usuariam mais produtos do Google.