Tecnologia

Google desenvolve tecnologia de rede inteligente de energia

A empresa trabalha em ferramentas que ajudam as usinas a fornecerem eletricidade de forma mais eficiente a residências e empresas


	Google é uma grande consumidora de eletricidade para os servidores que comandam seus serviços
 (Philippe Huguen/AFP)

Google é uma grande consumidora de eletricidade para os servidores que comandam seus serviços (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 15h06.

São Francisco - A Google Inc. planeja um impulso mais profundo no mercado americano de venda de energia, que movimenta US$ 363,7 bilhões, trabalhando em ferramentas que ajudam as usinas a fornecerem eletricidade de forma mais eficiente a residências e empresas, disseram fontes com conhecimento do assunto.

A operadora do mais popular motor de busca da internet está nas fases inicias de construção de ferramentas de software e hardware para gerenciar as linhas de energia e outros equipamentos de infraestrutura, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque o assunto é privado.

A tecnologia está sendo desenvolvida pela equipe de Acesso à Energia da Google e conduzida por Arun Majumdar, vice-presidente da unidade de energia da companhia, disseram as fontes.

A Google, uma grande consumidora de eletricidade para os servidores que comandam seus serviços, está buscando formas de transformar a indústria centenária de fornecimento, que tem enfrentado dificuldades para se adaptar às novas exigências para gestão e produção de energia.

À medida que energias renováveis como a solar e a eólica entram em serviço, as redes que transmitem eletricidade precisarão ser mais flexíveis e eficientes.

“Eles reconhecem que existe um enorme espaço aberto e que as empresas de energia não estão se preparando para a tarefa”, disse Steven Chu, ex-secretário do Departamento de Energia dos EUA, a respeito da Google, durante uma entrevista no mês passado em uma conferência sobre energia em Fremont, Califórnia. “Eles veem uma enorme oportunidade de mercado”.

Chu disse que não está familiarizado com os planos da Google e que expressou suas opiniões com base no que a empresa pode vir a fazer. Kelly Mason, porta-voz da Google, que tem sede em Mountain View, Califórnia, preferiu não comentar a respeito de seu projeto energético e sobre quem está gerenciando a iniciativa.

Projetos energéticos

Outras empresas também ingressaram no ramo de serviços de gestão energética. A ABB Ltd., a Siemens AG e a Alstom SA estão entre as companhias que oferecem ferramentas que podem ajudar as usinas a integrarem os sistemas de painéis solares e a responderem rapidamente a mudanças na demanda por eletricidade, como por exemplo nos dias quentes de verão, quando os aparelhos de ar-condicionado sobrecarregam a rede.

A Google, que também está financiando projetos de saúde, óculos computadorizados e carros autônomos, vem ampliando os investimentos nos últimos anos para tornar a energia mais limpa e eficiente.

No início deste ano a empresa investiu US$ 3,2 bilhões para adquirir a Nest Labs, uma companhia de termostatos digitais, e é um investidor da Atlantic Grid Development LLC, que tem um projeto desenvolvido para ajudar a fornecer eletricidade em Nova Jersey.

A Google também colocou mais de US$ 1 bilhão em projetos de energia verde nos EUA e ao redor do mundo. Isso inclui de tudo, desde parques eólicos em Oregon até iniciativas de energia solar na Alemanha.

Rede de energia

Os avanços em áreas como energia sustentável e gestão de energia residencial já começaram a ameaçar o modelo tradicional de negócio das usinas.

A maior parte da eletricidade agora é transferida de grandes estações de geração centralizadas para residências e empresas, fornecendo energia para aquecedores, laptops e liquidificadores.

Embora geralmente efetiva, essa abordagem aumentou as preocupações de ser potencialmente ineficiente, poluidora e cara -- especialmente se comparada com o movimento descentralizado de bits de informação na internet.

“A Google está trabalhando em soluções inovadoras para acesso a uma eletricidade limpa e de baixo custo”, diz uma oferta de emprego no site da Google. “A Google busca desenvolver tecnologias e produtos para atender oportunidades globais para fornecimento de energia por meio de uma infraestrutura nova e melhorada”.

Há pelo menos duas postagens ligadas ao projeto, citado como “Energy Access/Bottom Up Grid” -- uma oferta de emprego para um engenheiro de hardware em eletrônica de potência e outra para um engenheiro mecânico/térmico. O projeto tem previsão de chegar à “produção em massa”, segundo uma das ofertas.

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