De acordo com a estimativa, a internet saltaria dos atuais R$ 1,5 bilhão em faturamento para R$ 3,04 bilhões e passaria a representar 10% do bolo publicitário já em 2011 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2012 às 17h11.
Los Angeles - O Google retomou a ofensiva contra milhares de autores que afirmam que o gigante da internet copiou suas obras sem permissão, e fez um apelo para que o processo coletivo derivado de seu ambicioso plano de montar a maior biblioteca digital do mundo seja arquivado.
O apelo desta sexta-feira pela maior ferramenta de busca do mundo surge após um juiz federal rejeitar, em março de 2011, um acordo de resolução do processo, que está em andamento há sete anos, avaliado em 125 milhões de dólares. Negociações para reviver o acordo foram infrutíferas.
O Google disse que digitalizou mais de 20 milhões de livros, e publicou trechos em inglês de mais de 4 milhões, desde que firmou um acordo em 2004 com grandes bibliotecas de pesquisa que lhe permitem digitalizar obras atuais e fora de catálogo para seu site Google Books.
Embora o Google planejasse disponibilizar em seu site apenas trechos, de maneira a respeitar as leis de direitos autorais, o Sindicato dos Autores e organizações que representam fotógrafos e artistas gráficos afirmaram que a manobra constitui "ampla violação de direitos autorais".
Num documento registrado junto ao tribunal distrital norte-americano em Manhattan, o Google disse que autores não demonstraram que serão prejudicados economicamente por conta da digitalização e disponibilização de suas obras e da criação de um índice acessível por meio de busca que permite que usuários as acessem.
A empresa também disse que autores serão, na realidade, beneficiados, já que o banco de dados ajuda pessoas a encontrarem e comprarem seus livros, e que há um "significativo benefício público" ao fornecer acesso a informações que, de outra maneira, não poderiam ser acessadas.