Vídeo em alta definição: na avaliação da empresa, a capacidade ideal para HD é de 2,5 Mbps ou acima, e para SD é de 700 kbps a 2,5 Mbps (mbbirdy/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h47.
São paulo - O Google lançou nesta quarta-feira, 22, uma plataforma para analisar a qualidade e a velocidade da conexão de provedores de Internet (ISP) na hora de executar o streaming de vídeo. Inicialmente disponível apenas para os usuários canadenses, o Google's Video Quality Report possui uma ranking para que o usuário confira como está o seu provedor de banda larga e como ele entrega vídeos over-the-top (OTT) com qualidade.
No site do Video Quality Report, a companhia explica que utiliza redes de entrega de conteúdo (CDN) para poder trafegar os vídeos com maior qualidade, mas direciona o problema para as empresas de banda larga ao afirmar que "não podemos fazer isso sozinhos". "Quando seu ISP recebe um vídeo do YouTube, eles começam a importante tarefa de carregar (o vídeo) pela rede deles até sua casa. Eles precisam garantir que haja capacidade suficiente aonde eles querem receber os dados do YouTube, ou então a qualidade do streaming do seu vídeo vai sofrer".
Na metodologia do Google, a análise avalia se a qualidade de vídeo em pelo menos 90% das vezes é YouTube HD Verified (com pelo menos 720p de resolução e tempo de carregamento rápido), Standard Definition (ao menos 360p e carregamento moderado) e Lower Definition, com resoluções inferiores a 360p e com carregamento lento e até paralisado. Na avaliação da empresa, a capacidade ideal para HD é de 2,5 Mbps ou acima, e para SD é de 700 kbps a 2,5 Mbps.
Para garantir a parte dele de entregar os dados de vídeo em alta qualidade, o Google afirma que usa tecnologias como Adaptive Bitrate, que regula a compressão do vídeo a cada instante; detecção automática de qualidade de playback de acordo com a banda disponível; investimento em CDNs e em servidores de cache, que utiliza uma política de se conectar diretamente e gratuitamente ao ISP que consegue chegar aos 70 pontos de presença mundiais da empresa; monitoramento de rede para verificar flutuações no desempenho; e em novos codecs para permitir mais qualidade de vídeo com menos dados na compressão, como a adoção do formato WebM.
Metodologia
A companhia garante que os dados são confiáveis porque, em vez de usar uma amostra de uma pequena parcela de usuários, o relatório é baseado em bilhões de vídeos do YouTube assistidos usando conexões de milhares de ISPs e nas CDNs. A ferramenta analisa qual a velocidade dos dados carregados no site de vídeos nos últimos 30 dias, segmenta os resultados por localização e provedor, e determina a velocidade mínima disponível em pelo menos 90% do tempo.
O Google ressalta que as avaliações são com dados coletados nas redes, não em usuários, e que todas as amostras são de fonte anônima e sem informação de usuários, como endereços de IP e cookies do navegador.