Google: botões aparecerão inicialmente nos resultados patrocinados de pesquisas por produtos feitas em celulares e tablets (Philippe Huguen/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2015 às 13h23.
O Google começará em breve a incluir botões de compra em anúncios que aparecerão no alto de seus resultados de buscas. A informação vem do jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ), que a ouviu de fontes “próximas ao assunto”.
De acordo com a reportagem, os botões aparecerão inicialmente nos resultados patrocinados (ou pagos) de pesquisas por produtos feitas em dispositivos móveis – ou seja, bem no alto do site. Esses anúncios serão identificados por um “Shop on Google” (Compre no Google, em tradução livre), e usuários que clicarem para comprar serão redirecionados a outra página, que ainda ficará dentro dos domínios da empresa.
“Nesse endereço, clientes serão capazes de selecionar tamanhos, cores e opções de entrega, assim como completar a compra”, segundo uma das fontes ouvidas pela reportagem. Os produtos serão todos fornecidos e vendidos por lojas parceiras do Google – que inclusive poderão oferecer algumas vantagens, como entregas mais rápidas –, e essas páginas onde as compras serão fechadas exibirão apenas sugestões de produtos do mesmo vendedor.
Informações de cartão de crédito e outros tipos de credenciais de pagamento, por sua vez, ficarão com a gigante das buscas, que inclusive poderá memorizá-los caso o comprador queira agilizar as próximas aquisições. As lojas receberão apenas endereços de e-mail e outros dados um pouco menos sensíveis – assim como o dinheiro da compra, obviamente.
Por ora, a novidade ficará limitada aos smartphones, onde o Google ainda não consegue ganhar tanto com anúncios de lojas. E por uma razão, segundo o WSJ: “navegar até a página da loja, informar dados de cartão e endereço de entrega em uma tela pequeno de celular pode ser um grande contratempo”.
Justamente por isso, “compradores estão usando os apps da Amazon, do eBay e de outros rivais, onde seus dados já estão armazenados e compras podem ser feitas com menos cliques”, diz a reportagem. Algo que o Google quer tentar fazer agora.
Fonte: Wall Street Journal