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Google considera "equivocadas" as queixas da Comissão Europeia

De acordo com a Comissão, o Google favorece sistematicamente seu próprio produto em relação aos serviços de outros concorrentes

Google (EFE)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 08h32.

O Google declarou nesta quinta-feira que considera equivocadas as acusações de abuso de posição dominante apontadas pela Comissão Europeia.

"Achamos que as conclusões preliminares da comunicação das queixas estão equivocadas, tanto no que concerne aos fatos como em termos econômicos e jurídicos", escreveu o grupo em artigo divulgado nesta quinta-feira em seu blog.

O Google, que tem até 31 de agosto para apresentar seus argumentos, enviou por escrito nesta quinta-feira à Comissão sua resposta às acusações de abuso de posição dominante nas buscas na internet.

A comunicação das acusações foi notificada em abril ao gigante californiano da rede. Trata-se de uma etapa formal em uma investigação sobre concorrência, que permite às partes exercer seu direito de defesa.

De acordo com a Comissão, o Google favorece sistematicamente seu próprio produto em relação aos serviços de outros concorrentes, com o Kelkoo. Em consequência, os usuários "não veem necessariamente os resultados mais pertinentes em respostas a suas buscas", detalhou a Comissão.

"Se a investigação confirmar nossos temores, o Google terá que assumir as consequências jurídicas e modificar a forma como realiza suas atividades na Europa", advertiu a comissária encarregada da concorrência, Margrethe Vestager.

"A resposta que enviamos hoje demonstra que consideramos essas alegações incorretas", escreveu o grupo, que se diz "impaciente" de falar com a Comissão.

Entre os argumentos defendidos pelo Google está o fato de a comunicação de acusações "não levar em conta o impacto dos grandes serviços de compra on-line, como a Amazon e o eBay".

"Na década passada, o Google ofereceu 20 bilhões de cliques gratuitos aos agregadores de conteúdo na Europa, com um aumento de 227% para o tráfego gratuito e mais do que isso para o tráfego global", completou o Google, alegando que seus concorrentes se beneficiaram mais de sua presença do que o contrário.

 

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