Os dados da Experian Hitwise sugerem que o interesse pelo Google+, muito forte no início, enfraqueceu-se depois de satisfeita a curiosidade dos internautas (Reprodução)
Maurício Grego
Publicado em 28 de julho de 2011 às 15h46.
São Paulo — A Experian Hitwise divulgou, há alguns dias, novos dados sobre a audiência do Google+ nos Estados Unidos e na Inglaterra. Uma das conclusões é que a quantidade de acessos à nova rede social do Google cresceu rapidamente desde 28 de junho, quando ela foi aberta a convidados, mas atingiu o pico depois de pouco mais de duas semanas e, então, começou a cair.
Na Inglaterra, o número de visitas chegou ao máximo em 13 de julho. Nos Estados Unidos, os dois dias de maior movimento foram 12 e 14 de julho. Depois dessas datas, as visitas começaram a diminuir nos dois países. Esse dado sugere que muitas pessoas que se inscreveram no Google+ nas duas primeiras semanas deixaram de frequentar a rede social depois de passada a curiosidade inicial.
Há outras informações não muito agradáveis para o Google no relatório da Hitwise. Uma delas é que as pessoas ficam relativamente pouco tempo no Google+. O tempo médio de cada visita na Inglaterra é 4 minutos e 16 segundos. Isso é metade do tempo que as pessoas gastam no Twitter e um sétimo do que passam no Facebook em cada visita.
Facebook é o caminho
A maior fonte de visitas para o Google+ no Reino Unido foi o Facebook. Lá, 16% dos visitantes chegaram ao site do Google depois de passar pela rede social de Mark Zuckerberg. Nos Estados Unidos, o Facebook aparece em terceiro lugar entre as fontes de tráfego, depois do buscador do Google e do Gmail.
Depois de visitar o Google+, o destino número um dos internautas é, também, o Facebook. Muitos saem do Google+ por meio de uma busca pela palavra Facebook e, no Reino Unido, 3,2% navegam diretamente para essa rede social. “Isso não é surpresa, já que muitos usuários têm contas em múltiplas redes sociais, especialmente para experimentar novos serviços”, comenta Heather Dougherty, diretora de pesquisas da Hitwise.
A empresa diz, ainda, que 28% do tráfego do Google+ no Reino Unido vem de redes sociais. O Facebook, por sua vez, recebe apenas 6% do seu tráfego de outras redes sociais. Mas o percentual é maior no Twitter, que tem, nas outras redes, a origem de 32% das visitas que recebe.
Apesar de esses dados parecerem um balde de água fria no entusiasmo inicial pelo Google+, James Murray, analista da Hitwise no Reino Unido, é cauteloso ao analisá-los. “É cedo demais para dizer se o Google+ vai ser um ‘Facebook killer’, como dizem muitos especialistas, ou vai ser só mais um Google Buzz”, escreveu ele. O comentário é sensato. Afinal, o Google+ nem foi aberto para o público ainda. Mesmo assim, Mark Zuckerberg deve ter ficado aliviado ao ver esses números.