O Pixel tem tela com definição superior à das telas Retina usadas no MacBook Pro, da Apple (Divulgação)
Maurício Grego
Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 18h50.
São Paulo — Confirmando um rumor que vinha circulando desde o ano passado, o Google anunciou hoje seu primeiro laptop, o Chromebook Pixel. Com tela sensível ao toque de alta resolução e design elegante, o Pixel é um Chromebook avançado. Ele roda o sistema operacional Chrome OS e usa os aplicativos do Google na web.
O notebook traz consigo uma estratégia diferente da adotada nos Chromebooks anteriores, fabricados por Samsung, Asus, Lenovo e HP. Enquanto aqueles laptops têm o preço baixo como principal atrativo, o Pixel se posiciona para competir com os laptops avançados.
Seu preço começa em 1.299 dólares nos Estados Unidos. Com conexão 4G LTE, sobe para 1.449 dólares. São preços comparáveis ao do MacBook Air de 13 polegadas, da Apple, por exemplo. Mas o valor parece ser alto para um computador que têm pouca utilidade quando não há acesso à internet, já que seus aplicativos ficam na nuvem.
Mesmo com essa limitação, os Chromebooks têm feito algum sucesso nos países onde são vendidos. No blog oficial do Chrome, o vice-presidente de engenharia Linus Upson diz que o Chromebook da Samsung é o laptop mais vendido na Amazon americana. Também diz que ele corresponde a 10% das vendas de laptops na loja de eletrônicos britânica Currys PC World.
O que ele não diz é que uma das razões para isso é que o Chromebook não está disponível em muitas lojas. Assim, quem quiser comprar um precisa ir a uma das poucas que vendem o produto. O Pixel será vendido, inicialmente, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Upson diz que a tela do Pixel – no incomum formato 3 x 2 – tem a maior densidade de pixels entre todos os laptops atuais. São 239 pixels por polegada. É uma resposta às telas Retina da Apple. Os MacBook Pro com tela Retina têm densidade de 220 ou 227 pixels por polegada, dependendo do tamanho.
O Chromebook Pixel tem uma webcam que filma em resolução HD (720p) e três microfones que atuam juntos para reduzir a captação de ruídos do ambiente. O processador é um Intel Core i5, um chip intermediária.
Já o armazenamento de dados local é feito numa unidade do tipo SSD, formada por chips de memória flash. E quem compra o notebook pode armazenar até 1 terabyte de dados na nuvem, no serviço Google Drive, por três anos. Ele não diz o que vai acontecer depois desses três anos, mas é possível que o Google passe a cobrar pelo armazenamento.
Abaixo, um vídeo de divulgação do Google (em inglês):