Sundar Pichai (Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 3 de março de 2015 às 13h31.
O Google anunciou, nesta segunda-feira (2), seu novo serviço de pagamentos com smartphones chamado Android Pay. Durante a mostra de tecnologia móvel de Barcelona, a empresa explicou que a novidade será uma API que poderá ser usada por desenvolvedores para realizar transações financeiras tanto dentro de aplicativos quanto em lojas físicas.
O Android Pay vai guardar os dados dos cartões de crédito assim como faz o Apple Pay e o recém-anunciado Samsung Pay. A cada transação, um novo token de autenticação é gerado para oferecer mais segurança do que números estáticos. Esse método visa proteger os dados do usuário, uma vez que eles expiram em pouco tempo, dificultando a clonagem do cartão.
"Estamos fazendo de uma forma que qualquer pessoa possa construir um serviço de pagamentos sobre o Android", segundo Sundar Pichai, o número dois do Google, responsável por todos os produtos, exceto pelo YouTube, pela Calico e pela Nest. "Portanto, em países como a China e na África, esperamos que as pessoas usem o Android Pay para construir serviços inovadores."
A solução de pagamentos Google Wallet continuará a existir como um produto separado.
Sundai se esquivou de uma pergunta sobre a possível rivalidade do Android Pay com o Samsung Pay, apresentado com uma pequena diferença de tempo, e disse que o Google vai trabalhar para ver como seria possível se alinhar com a Samsung. A fabricante sul-coreana é a que mais vende dispositivos com sistema Android no mundo, apesar de ter perdido o posto de liderança na China, o maior entre todos os mercados.
Entre os dispositivos mais recentes com sistema móvel do Google à venda, somente o Galaxy S5 possui leitor de impressões digitais, um recurso que poderia ser usado como forma de autenticação.
Não há mais informações sobre o Android Pay no momento. A expectativa é que a empresa anuncie mais detalhes sobre o serviço durante sua conferência para desenvolvedores, o Google I/O, que acontece em maio.