Polícia de Hong Kong fez seis prisões relacionadas a esses golpes (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images)
Redatora
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 08h08.
Um funcionário de uma multinacional financeira pagou US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 124 milhões) para golpistas que usaram a tecnologia deepfake para emular o CFO (Chief Financial Officer) da companhia em que ele trabalha.
Segundo a polícia de Hong Kong, o funcionário foi levado a participar de uma conferência de vídeo com os golpistas, que usaram inteligência artificial para recriações não só do CFO, mas de vários outros membros da equipe.
"No vídeo de conferência com várias pessoas, descobriu-se que todos [que ele viu] eram falsos", disse o superintendente sênior Baron Chan Shun-ching à emissora pública RTHK.
Chan disse que o trabalhador ficou desconfiado depois de receber uma mensagem que supostamente era do diretor financeiro, que fica baseado no Reino Unido. Inicialmente, o trabalhador suspeitou que fosse um e-mail de phishing, pois falava da necessidade de uma transação secreta ser realizada.
No entanto, após a videochamada, com supostamente outros colegas presentes, o funcionário concordou em transferir a quantia pedida. O golpe só foi identificado depois de o funcionário verificar a transação com a sede da companhia.
Não é a primeira vez que a tecnologia deepfake é usada para aplicar golpes. Na coletiva de imprensa na sexta-feira, a polícia de Hong Kong afirmou que fez seis prisões relacionadas a esses golpes.