Michael Bloomberg: ex-prefeito de Nova York quer ser presidente dos Estados Unidos (Scott Heins/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 18h47.
Última atualização em 21 de janeiro de 2020 às 18h49.
São Paulo - Pré-candidato à presidência dos Estados Unidos, Michael Bloomberg não pretende desmantelar as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Apple, Google, Amazon e Facebook. Para o democrata, a ideia proposta por Elizabeth Warren e Bernie Sanders, ambos do membros do senado americano, "não é a resposta" para tratar problemas de domínio tecnológico.
"Desmontar as coisas não é a resposta", disse Bloomberg em entrevista ao Mercury News, na sexta-feira (17). "Eu não acho que eles (Warren e Sanders) saibam do que estão falando."
Em março do ano passado, Warren, que pertence ao partido Democrata, anunciou que se fosse eleita presidente, iria buscar desmantelar gigantes de tecnologia. A justificativa é de que empresas como Facebook e Google não contribuem para uma competição justa no mercado. A posição é defendida por Sanders, derrotado por Hillary Clinton nas eleições partidárias de 2016.
A companhia de Mark Zuckerberg talvez seja um dos maiores exemplos de uma empresa que se tornou um verdadeiro conglomerado digital. Além do Facebook, a empresa de Menlo Park controla também o Instagram e o WhatsApp, líderes absolutos nos mercados em que atuam.
A compra do Instagram pelo Facebook, em 2012, por 1 bilhão de dólares, inclusive, foi lembrada por políticos do partido Democrata. A senadora Amy Klobuchar, por exemplo, pediu investigações dos órgãos reguladores sobre esse e outros negócios.
Dono de uma fortuna de 60,2 bilhões de dólares, de acordo com a Forbes, Michael Bloomberg é apontado como um dos principais adversários de Donald Trump na corrida presidencial. Ele foi prefeito de Nova York durante três mandatos consecutivos, entre 2002 e 2013.
Além dele, concorrem ao pleito pelo partido Democrata, Bernie Sanders, Elizabeth Warren, Joe Biden, Kamala Harris e Pete Buttigieg.