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Gerber cria comida para evitar pirraça de bebês para comer

A fabricante de alimentos para bebês investiu US$ 100 milhões para desenvolver linha de produtos que ajudaria a evitar que crianças se tornem chatos alimentares

Bebês comem: a nova linha está sendo apresentada como um alimento “de transição” para os bebês que estão abandonando as papinhas (John Moore/Getty Images)

Bebês comem: a nova linha está sendo apresentada como um alimento “de transição” para os bebês que estão abandonando as papinhas (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 21h26.

A Gerber Products Co., fabricante de alimentos para bebês que existe há 87 anos, investiu US$ 100 milhões para desenvolver uma nova linha de produtos que ajudaria a evitar que crianças em idade de engatinhar se tornem chatos alimentares.

A nova linha da Gerber se chama 3rd Food Lil’ Bits e foi criada com um processo atualizado de cocção desenvolvido durante os últimos cinco anos.

Ela está sendo apresentada como um alimento “de transição” para os bebês que estão abandonando as papinhas tradicionais e passando a comer mais sólidos.

O produto, que vem em 10 sabores distintos, inclui pequenos pedaços de frutas e vegetais macios para que os bebês aprendam a mastigar – e também a desenvolver paladares mais sofisticados.

“Ele oferece uma transição gradual para a comida da mesa”, disse Sarah Smith-Simpson, cientista sênior da Nestlé SA, companhia controladora da Gerber. “Acreditamos que, se começarmos um pouco mais cedo, talvez possamos evitar parte da exigência desmedida para comer e nutrir certa aceitação de novos sabores e texturas”.

As vendas das papinhas tradicionais para bebês sofreram pressão nos últimos anos devido às mudanças de comportamento e à queda da taxa de natalidade. Uma quantidade maior de pais está preparando comida caseira para os bebês ou optando por alternativas premium, como produtos orgânicos que vêm em saquinhos.

A Gerber, marca líder em alimentos para bebês nos EUA, registrou vendas estagnadas nos três últimos anos fiscais, de acordo com a IRI, empresa de pesquisa de mercado em Chicago.

Durante o mesmo período, as vendas de alimentos orgânicos para bebês aumentaram, pois os consumidores que não se dispõem a pagar mais caro por itens orgânicos fazem isso por seus bebês, disse Emily Balsamo, analista da Euromonitor International.

Os itens orgânicos agora equivalem a mais de 20 por cento do mercado de comida para bebê, a maior porcentagem em qualquer categoria de alimentos, disse ela.

“Pessoas que nunca tinham comprado produtos orgânicos para elas mesmas começam a comprar orgânicos quando têm filho”.

Testes de paladar

Embora a Gerber comercialize alguns produtos orgânicos, os da marca Lil’ Bits não são assim. Contudo, eles foram formulados para serem atraentes para os bebês, disse a empresa.

A Gerber realizou 80 testes de paladar, e cada sessão incluiu até 100 bebês, enquanto formulava as receitas Lil’ Bits.

Durante os testes, representantes da Gerber observaram para ver se os bebês afastavam os alimentos ou viravam a cabeça para o outro lado.

A pesquisa da Gerber mostra que expor as crianças a alimentos grumosos em seus primeiros 10 meses de vida ajuda-os a fazer a transição para a comida sólida, disse a empresa.

O novo produto visa as crianças que começaram a engatinhar e estão aprendendo a mover a língua de um lado para o outro, de acordo com Smith-Simpson.

As crianças nesse estágio geralmente têm cerca de 8 meses. Um comercial nacional de televisão nos EUA que anuncia Lil’ Bits e entrou no ar nesta semana mostra os bebês indo para a “Universidade de Mastigação”.

A Gerber está apresentando Lil’ Bits para as mães da geração Y, e a empresa acredita que o produto vai atrair os pais que vêm utilizando o liquidificador para preparar alimentos para os bebês.

“Seria bastante difícil que as mães de fato fatiem uma maçã e cozinhem os pedacinhos até a textura certa para colocá-los na comida dos bebês”, disse Smith-Simpson.

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