Realidade aumentada: obras são "penduradas" com auxílio de dispositivo da Microsoft (Douglas Negrisolli/ArtYou/Divulgação)
Victor Caputo
Publicado em 14 de janeiro de 2018 às 08h00.
Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 10h55.
São Paulo – As paredes que estavam brancas até pouco agora exibem obras de arte “penduradas” de artistas consagrados como os americanos Roy Lichtenstein e Andy Warhol, ícones da pop art.
A mudança pode até parecer magia, mas é nova forma que a galeria de arte sediada em São Paulo Emmathomas achou para que seus clientes vejam como obras ficariam nas paredes de suas casas.
Para isso, a galeria conta com o auxílio da realidade aumentada, conceito que vem se difundindo. Ao contrário da realidade virtual, na qual a pessoa mergulha em um mundo digital, a realidade aumentada mescla elementos digitais com o mundo real—pense na forma como os monstros do jogo Pokémon Go são exibidos no mundo real.
A solução encontrada pela galeria Emmathomas, em particular, usa os óculos de realidade aumentada HoloLens, criados pela Microsoft.
A galeria explica que essa estratégia toca em alguns pontos muito importantes dentro de seu negócio. A tecnologia tem sido aliada para que a galeria continue atuando no comércio de obras mesmo enquanto seu espaço físico, em São Paulo, é reformado.
Outro problema que a estratégia de uso de realidade aumentada resolve é a diminuição do transporte de obras de arte. Ao site EXAME, a galeria explicou que o transporte de uma obra de arte até a casa de um consumidor em potencial é algo caro e trabalhoso.
Transportar uma obra de arte de um lado para o outro implica custos de seguro, por exemplo. É preciso também uma equipe capacitada para o transporte. Tudo isso pode ser deixado de lado ao levar somente os óculos até a casa do cliente.
A tecnologia usada pela Emmathomas, criada pela ArtYou, empresa que trabalha com soluções de gestão voltadas para o mercado de arte, é capaz de “encaixar” e simular a presença de uma determinada obra no espaço residencial ou qualquer outro de preferência do cliente, dispensando os tradicionais custos (e riscos) do transporte das obras antes da venda concreta.