Tecnologia

Galaxy S III

A Samsung apostou alto e armou seu novo aparelho top de linha com o que há de melhor no mundo dos smartphones. Exageros postos de lado, o Galaxy S III assume a liderança na corrida pelo hardware mais avançado. Donos de quase todo o processo de fabricação, os coreanos criaram o casamento perfeito do motor […]

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 19h08.

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A Samsung apostou alto e armou seu novo aparelho top de linha com o que há de melhor no mundo dos smartphones. Exageros postos de lado, o Galaxy S III assume a liderança na corrida pelo hardware mais avançado. Donos de quase todo o processo de fabricação, os coreanos criaram o casamento perfeito do motor mais potente com uma das interfaces mais confortáveis já desenvolvidas para o Ice Cream Sandwich. 

 O chipset Exynos 4212 traz um processador Cortex A9, com quatro núcleos de 1,4 GHz e uma GPU Mali-400MP para garantir a alta taxa de frames durante os jogos. Além disso, o fino aparelho traz uma grande bateria de 2.100 mAh, com duração de 8h23min durante os testes do INFOlab. Se havia dúvidas sobre o novo aparelho superar o sucesso de seu antecessor, o Galaxy S II, elas estão prestes a ser sanadas. 

 Principais vantagens: 

 21 Mbps

HSPA+ 

Tela Super AMOLED de 4,8 polegadas

Resolução de 720 por 1.280 pixels

1.4 GHz Cortex A9 (quad-core)

Mali-400MP

1GB de RAM

Câmera de 8 megapixels (LED, reconhecimento de face, sorriso, piscar)

Gravação de vídeo em 1.080p a 30 fps

GPS com A-GPS

suporte a GLONASS

Armazenamento de 16 GB + microSD (+ 48 GB Dropbox)

Bluetooth 4.0 estéreo

FM com RDS

Câmera frontal de 2 megapixels

NFC

Flash completo no navegador web

Sistema de arquivos nativo

Bateria de 2.100 mAh

Principais desvantagens:

Corpo em plástico de aparência ruim

Sem tecla dedicada para a câmera

Escolha por microSIM

S-Voice ausente no Brasil até que o português seja incluído 

A tela gigante de 4,8 polegadas foi inserida no aparelho, que não cresceu quase nada em relação ao modelo Galaxy X, com tela de 4,65 polegadas. O Galaxy S III mede 13,6 por 7,06 por 0,86 cm, enquanto o Galaxy X se comprime ao máximo em 13,5 por 6,7 por 0,89 cm. A diferença é imperceptível, mesmo com os dois aparelhos em mãos. A carcaça plástica não causa uma boa impressão. Mesmo com uma cobertura extra, que evita as marcas de dedos aparentes, a estética do material não é seu ponto forte. Para um smarphone topo de linha, vendido no Brasil por 2.099 reais, esperávamos um acabamento de melhor qualidade. Mesmo assim, quase ninguém vai se importar.  

Com a tela Super AMOLED roubando a cena, fica difícil prestar atenção em qualquer outro detalhe deste aparelho. As cores são bem definidas e o nível de detalhe de menus, widgets e vídeos agradou a todos no INFOlab. Mesmo sem o brilho mais intenso do mercado, a luminosidade não desapontou. A tela é completamente visível mesmo nos dias mais ensolarados. A sensibilidade é outro ponto forte. Os movimentos são reconhecidos imediatamente e com suporte a múltiplos toques. Mesmo nas bordas não há perda de sensibilidade. 

 Assim como nos outros modelos da linha Galaxy, o S III mantém os tradicionais botões sensíveis ao toque “Menu” e “Voltar” com o botão físico “Home” ao centro. Em uma das laterais há o controle de volume, na face oposta está o botão para ligar/desligar o aparelho e bloquear a tela. Não há um botão dedicado para a câmera. O sistema poderia alterar a função do botão lateral com a câmera aberta, mas isso não acontece. A ausência é um incômodo se pensarmos na captura mais avançada do aparelho, que registra até 20 imagens contínuas.

Acima da tela, três pontos pretos chamam a atenção do usuário. Eles são os sensores de movimento, luminosidade, e a câmera de 2 megapixels para videochamadas. Uma característica interessante desse aparelho é detectar a face do usuário. Isso faz com que a tela não entre em modo de espera quando alguém está olhando diretamente para o aparelho. Isso evita a troca de ajustes de tela para que uma leitura não seja interrompida, por exemplo.

 Na parte traseira há a câmera de 8 megapixels, com um flash LED de um lado e o alto-falante de outro. A tampa que cobre a bateria e as entradas para o microSIM e microSD é tão fina quanto a do Galaxy S II. Para inserir o microSIM é necessário remover a bateria. 

 A Samsung oferece o aparelho em duas cores: branco e grafite. Mesmo com um nome diferente no Brasil, o grafite na verdade é um azul com acabamento que lembra aço escovado e recebe o nome Metallic Blue em outros países. Os dois modelos recebem uma borda que imita metal, mas que também é feita em plástico. 

Apresentado como um aparelho “humanizado”, o Galaxy S III recebe uma versão bastante modificada do Ice Cream Sandwich. Mas essa característica não é nada negativa. A nova interface TouchWiz é o grande diferencial do smartphone em relação aos concorrentes. Mesmo com especificações matadoras, o verdadeiro brilho do S III é a perfeita integração de hardware e software. Barômetro, sensores de movimento e luminosidade não são novidade, a diferença é sua aplicação. A Samsung preparou uma série de gestos para que o smartphone torne a vida do usuário mais simples. Ao todo são 10 ações por movimento:

Chamada direta: esse recurso ativa uma ligação para um contato exibido na tela, tanto na agenda como em uma conversa por SMS. Tudo que o usuário precisa fazer é levar o celular até a orelha.

Alerta inteligente: ao pegar o aparelho de uma mesa são exibidos as notificações e alertas de chamadas perdidas, mensagens, etc.

Toque para subir: com duas batidas no topo do aparelho o usuário é levado ao início da lista de contatos. Infelizmente o recurso não funciona em todos os menus, na navegação web ou aplicativos. Os apps compatíveis são: Contatos, Mensagens e E-mail.

Incline para zoom: aumenta ou diminui o zoom em imagens, galeria e internet.

Mover horizontalmente: troca a página de um ícone.

Arraste para percorrer imagem: movimenta uma imagem ampliada deslocando o aparelho.

Agite para atualizar: chacoalhe o aparelho para encontrar dispositivos por Bluetooth, Kies Air e Wi-Fi Direct.

Virar para emudecer: colocar o aparelho de tela para baixo interrompe a execução de áudio, tanto de uma chamada como vídeo ou música.

Deslizar palma: captura a tela do aparelho.

Toque com a palma: colocar a palma sobre a tela silencia ou pausa sons. Equivalente a girar o aparelho com a tela para baixo. 

 Vai ser muito difícil para usuário tomar conhecimento de todos os recursos logo de cara. Na maioria dos casos, as funcionalidades serão aplicadas com o tempo e na medida em que haja familiaridade com o aparelho. Uma vantagem é um resumo curto e demonstração para cada uma das ações. Desse modo fica fácil visualizar o potencial de um recurso. Por padrão, tudo está desativado, até mesmo a troca de arquivos por NFC, Android Beam e S Beam. Depois de ativos, esses recursos permitem a transferência de fotos, vídeos e contatos encostando um aparelho compatível. A transferência é rápida e muito mais intuitiva que a feita por Bluetooth ou Wi-Fi. Para arquivos mais pesados e documentos a solução é o Wi-Fi Direct, que permite transferir algo pela rede sem fio. Seja para um computador, outro smartphone ou dispositivo compatível, o processo é rápido. Transmitir conteúdo é uma preocupação do sistema. O usuário irá encontrar o botão compartilhar na galeria de imagens e vídeos, no gerenciador de arquivos e contatos.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Pg-PO_f2pF4&w=650&h=488] A diversão também é um ponto alto do S III. Para aproveitar a tela de alta qualidade, a Samsung preparou o melhor player de vídeo nativo para Android que o INFOlab já testou. Arquivos Full HD (1.080p) rodaram sem engasgos e com legendas (embutidas e em arquivos srt). Foram exibidos formatos mais pesados como MKV e DivX ou XviD, além dos tradicionais WMV e AVI. A exibição por DLNA é gerenciada pelo app All-Share, mas o usuário também pode compartilhar um vídeo pelo Wi-Fi Direct. Nos dois casos não há exibição de legendas em arquivos srt, somente legendas embutidas. Uma função curiosa do player é o modo “pop-up”. Com um clique o vídeo se transforma em uma miniatura exibida por cima de aplicativos, menus, tela inicial. Desse modo é possível acompanhar seu filme enquanto acessa e-mails, navega na internet, etc. A pequena porta do aparelho funciona como saída de vídeo Full HD com o cabo apropriado (vendido separadamente). Assim como no S II, o aparelho permite ajustar a tela para um resultado mais agradável. Estão disponíveis os ajustes Dinâmico, Padrão, Naural e Filme.

Com 8 megapixels e o mesmo sensor utilizado no iPhone 4S, a câmera do Galaxy S III faz imagens e vídeos com qualidade. As fotos podem ser registradas nos valores de ISO de 100 a 800, traz HDR (que mescla imagens com valores diferentes de exposição), os tradicionais ajustes de balanço de branco, efeitos de cor e detecção de rosto, sorriso e piscar. A principal diferença é a velocidade com que as imagens são processadas. O tempo de espera entre o clique e a conclusão da foto é praticamente imperceptível. Se você está em dúvida sobre qual a sua melhor pose, o aparelho pode decidir isso automaticamente. Basta selecionar o modo de disparo para melhor foto. Oito imagens serão registradas em modo contínuo, oferecendo a melhor delas ao final. A gravação de vídeo em 1.080p com autofoco gera ótimos resultados. Em situações pontuais, o ajuste automático de exposição pode ficar um pouco lento.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=i3ZBRYu4ueU&w=650&h=366%5D

Com tantos recursos e uma tela gigante, a duração de bateria era uma preocupação do INFOlab. A bateria de 2.100 mAh resistiu por 8 horas e 23 minutos fazendo uma ligação, com Wi-Fi e Bluetooth ativados. Mesmo com um resultado ligeiramente inferior ao do Motorola Razr, que resistiu por 8 horas e 32 minutos, o Galaxy S III está acima da média. 

A configuração topo de linha e o ótimo casamento com a interface TouchWiz fazem do Galaxy S III o aparelho mais avançado do mercado brasileiro. A principal crítica do INFOlab vai para o armazenamento interno, limitado a 16 GB, enquanto outros países recebem também as versões de 32 GB e 64 GB. A carcaça também poderia receber um material mais resistente e agradável ao toque, como o policarbonato empregado no HTC One X, ou mesmo mistura de plástico com partes metálicas ou fibra de Kevlar, como a Motorola apostou no Razr. Pelo preço, o aparelho também poderia acompanhar o cabo para conexão com TVs, ou mesmo uma dock.

Ficha técnica

Tela4,8
Armazenamento16 GB + microSD
Duração de Bateria8h23min de bateria (voz)
SOAndroid 4.0.4
Conexão3G (HSPA+)
Câmeras8 MP
Peso133 g

Avaliação técnica

PrósConfiguração arrasadora; tela de ótima qualidade; interface com ótimos recursos;
ContrasCarcaça em plástico; microSIM, S Voice ainda indisponível em português
ConclusãoAparelho mais avançado que já passou pelo INFOlab
Configuração9,7
Usabilidade9,8
Diversão9,9
Bateria7,8
Design8,6
Média8.7
PreçoR$ 1999
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