Galaxy J7
Lucas Agrela
Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 17h35.
Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 18h05.
São Paulo -- Bateria é um dos principais problemas que os consumidores enfrentam atualmente. No entanto, já existem no mercado aparelhos que atendem a essa necessidade, como o Moto X Play. Mas quem não tem dinheiro para comprar um produto como esse acaba preso a uma tomada por vários minutos ao longo do dia.
Segundo análise do INFOlab, a Samsung parece ter criado o Galaxy J7 para trazer bateria de longa duração para quem tem entre 1.000 e 1.200 reais para gastar em um novo smartphone.
A potência não é o forte do J7, mas sua tela de 5,5 polegadas é boa para reproduzir vídeos em HD (720p). A câmera tem uma série de recursos presentes em outros modelos da marca e a qualidade das imagens, especialmente das que são feitas com a câmera principal, é razoável. Confira mais detalhes nos tópicos a seguir.
A característica principal do J7 é a duração de sua bateria com uma única carga. No teste de uso intenso do INFOlab, o aparelho permaneceu ligado por 14 horas, enquanto reproduzia vídeos em HD com brilho de tela no máximo, Wi-Fi e Bluetooth ativos. Com esse resultado, o smartphone da Samsung destronou o Moto X Play (13h40) no quesito bateria e é atualmente o campeão nessa categoria.
Vários fatores ajudam o J7 a aguentar por tanto tempo com apenas uma carga e alguns deles estão descritos nos próximos itens desta análise.
Como o teste do INFOlab é de uso intenso, se você não ficar muito tempo com a tela ligada, o J7 pode suportar até dois dias sem precisar de uma tomada.
A câmera principal do Galaxy J7 captura imagens com 13 MP (4:3). Os resultados mostram que ela a capaz de registrar um bom nível detalhe sob luz natural. Ainda assim, alguns trechos da imagem aparecem um pouco "lavados", sem muita definição.
Para fotos em ambientes mais escuros, o aparelho conta com flash LED. Quando necessário, ele primeiro ilumina a cena por cerca de 2 segundos e, então, há o estouro do flash. Isso implica que, se o local for escuro, o J7 só deve ser usado para fotos posadas ou de objetos imóveis.
A câmera frontal de 5 MP oferece resultados aceitáveis para as selfies. O interessante é que o ângulo de captura é amplo, o que faz com que seja fácil tirar fotos com uma ou mais pessoas.
O software de fotografia tem um recurso de embelezamento de face que elimina imperfeições da pele, como espinhas e até mesmo pintas. Porém, quando ativo, ele acaba prejudicando o nível de detalhe das imagens, especialmente se usado em sua potência máxima. Para usá-lo e conseguir um bom resultado, é preciso moderação.
As câmeras do J7, no geral, são ótimas, dado o preço pelo qual o aparelho é vendido.
O Galaxy J7 tem aparência de Galaxy S6, mas é feito de plástico, o que o torna menos refinado. Por outro lado, isso dá à fabricante a possibilidade de colocar uma entrada para cartões microSD -- algo que faz falta nos topo de linha da Samsung, como o Note 5 e o S6 Edge+.
Outro item que a construção mais simples do J7 permite é a inclusão de uma entrada adicional para chip de operadora.
A tela de 5,5 polegadas tem tecnologia Super Amoled, da Samsung, que ajuda a melhorar a taxa de contraste e reduz o gasto de bateria. Outro ponto sobre a tela é, ao mesmo tempo, favorável e desfavorável. Sua resolução é HD, o que ajuda a reduzir o consumo de energia, mas impede o usuário de ver com o máximo de resolução um vídeo Full HD.
Em termos de ergonomia, o J7 não é exemplar. Ele se encaixa bem se a pessoa que o manusear tiver mãos de tamanho médio ou grande, mas quem tem mãos pequenas talvez não tenha muita estabilidade até mesmo para segurar o smartphone. Em todo caso, é claro, não é possível usar o Galaxy J7 somente com uma das mãos, dada sua tela de grande porte. Ele é um mini-tablet.
O Galaxy J7 é um produto de gama intermediária, posicionando-se pouco abaixo do Moto X Play no mercado de smartphones atual, ficando mais próximo do Lenovo Vibe. Ele tem um processador Exynos 7580 octa-core e 1,5 GB de memória RAM. A quantidade de núcleos acima da média para a categoria é outro fator que ajuda na gestão de energia do aparelho. Porém, um dos fatores que torna o J7 não recomendável para heavy users é sua quantia singular de RAM. A maioria dos smartphones tem 1 GB ou 2 GB, não 1,5 GB. Isso é eventualmente problemático na gestão multitarefa.
Apesar de existir entrada para cartão microSD, dos 16 GB de armazenamento interno do J7, somente 12 GB estão livres para o usuário. O restante é ocupado pelo sistema operacional Android Lollipop, que tem a personalização da fabricante, a Touchwiz.
O aparelho obteve resultados de benchmark razoáveis, que indicam que ele pode ser uma boa opção de compra para quem não executa jogos pesados, nem usa vários aplicativos ao mesmo tempo.
O sistema Android do J7 não tem muita diferença se comparado ao dos smartphones de mais caros da Samsung, como o Galaxy S6. Muitos apps da Samsung não vêm mais instalados, como era de praxe no passado. Você encontra algumas opções da Microsoft, o +Apps Clube e cinco jogos da Gameloft, que requerem downloads adicionais.Agora, se você quiser baixar o Knox ou o S-Health, você precisa ir até a Galaxy Apps, a loja de aplicativos da marca. Eles são gratuitos e úteis, respectivamente, para criar uma pasta protegida por senha no smartphone e para ficar de olho na sua saúde.
Com preço abaixo dos concorrentes com longa duração de bateria, o Galaxy J7 é indicado para quem precisa de um smartphone para o dia todo e não tem tomada por perto. As câmeras não desapontam pelo preço do produto e a tela grande é boa para vídeos em HD. Por outro lado, quem exige potência, pode se decepcionar com o aparelho e ficará mais satisfeito com um (mais caro) Moto X Play. Ficha técnicaAvaliação técnica
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Galaxy J7 | 38545 |
Lenovo Vibe | 37463 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
Galaxy J7 | 2734 |
Lenovo Vibe | 2839 |
Basemark OS II (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
Galaxy J7 | 761 |
Lenovo Vibe | 760 |
Geekbench (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
Galaxy J7 | 3671 |
Lenovo Vibe | 2696 |
Sistema operacional | Android 5.1 Lollipop |
Processador | Exynos 7580 |
CPU | Cortex-A53 octa-core 1.5 GHz |
GPU | Mali-T720MP2 |
Armazenamento | 16 GB + microSD de até 128 GB |
RAM | 1,5 GB |
Tela | 5,5'' (720 x 1280 pixels) |
Peso | 171 g |
Bateria | 14h |
Câmeras | 13 MP e 5 MP |
Conexões | 4G, Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi Direct, hotspot, Bluetooth v4.1, A2DP, A-GPS, GLONASS |
Prós | Bateria de longa duração, tela grande e entradas para microSD e dois chips |
Contras | Baixa resolução de tela e pouca memória RAM |
Conclusão | Voltado para quem usa muito o smartphone |
Configuração | 7.5 |
Usabilidade | 8.7 |
Foto | 7.9 |
Bateria | 10 |
Design | 7.9 |
Média | 8.4 |
Preço | R$ 1.200 |