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Fundação de Gates prevê avanços históricos na saúde e economia até 2030

A entidade quer erradicar a poliomelite e encontrar uma vacina para a malária nos próximos 15 anos

bill & melinda gates (Getty Images)

bill & melinda gates (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 11h06.

Nos próximos 15 anos, a mortalidade infantil irá cair pela metade. Doenças como poliomielite serão erradicadas e haverá uma vacina para a malária. Pagamentos moveis irão ajudar pessoas carentes a transformar suas vidas e softwares a revolucionar o ensino no planeta.

Essas são as previsões para 2030 que aparecem na carta anual da Fundação Bill & Melinda Gates, comandada pelo fundador da Microsoft e sua esposa.

Lançada nesta quinta-feira (22), a carta prevê uma série de avanços na saúde e desenvolvimento do planeta até 2030, incluindo marcas importantes, como a autossuficiência da África em relação à produção de comida.

Em 2000, quando a fundação foi criada, Gates fez previsões parecidas, afirmando que iria "reduzir a desigualdade ao apoiar trabalhos inovadores na saúde e educação".

A maioria das previsões se concretizaram, muito pelo trabalho feito por Gates e sua esposa Melinda. A fundação financiou a produção de vacinas contra rotavirus e pneumonia. Para Gates, o investimento em vacinas foi "o grande sucesso" da instituição.

Agora, a ideia é dobrar a aposta. "Estamos definindo objetivos ambiciosos para o que será possível acontecer daqui 15 anos", afirma Gates na carta.

Em 1990, 10% das crianças do mundo morriam antes de completar 5 anos. Esse número está em 5%, atualmente. Em 2030, apenas uma em 40 irão morrer, graças à melhoria nas condições de medicina neonatal em países carentes.

Nos próximos 15 anos, a fundação acredita que fazendeiros na África terão acesso a melhores fertilizantes e sementes resistentes à seca e doenças, permitindo que as safras dobrem.

Além disso, remédios doados pela instituição, que totalizaram 800 milhões em 2014, podem erradicar a poliomielite e elefantíase.

A fundação Bill & Melinda Gates também é uma das principais doadoras da Organização Mundial de Saúde, que foi criticada no ano passado pela forma como lidou com a epidemia vírus Ebola na África.

Gates admite que a única instituição a tirar nota 10 no combate ao Ebola foram os Médicos Sem Fronteira, mas elogiou a OMS por admitir suas falhas: "Espero que nós possamos usar essa epidemia para aprender, porque haverá outra", afirma.

As duas previsões finais são relacionadas à tecnologia.

Gates afirma que, em 2030, quase 2 bilhões de pessoas que hoje não tem conta corrente irão guardar dinheiro e fazer pagamentos usando seus smartphones.

Além disso, a carta prevê que as futuras soluções online de software irão tornar programas de educação mais eficazes do que nunca.

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