Apple: segundo o site Mashable, os celulares dos rapazes contavam com mais de 100 fotos de mulheres (David Paul Morris/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de outubro de 2016 às 16h41.
São Paulo - Uma Apple Store na pacata cidade de Carindale, na Austrália, acaba de entrar no centro de um grave escândalo internacional.
Na quinta-feira, 13, a Apple iniciou uma investigação para apurar denúncias de que quatro funcionários homens da loja australiana teriam criado um grupo virtual para a troca de fotos de clientes e colegas de trabalho, com o objetivo de avaliar a aparências das mulheres.
Segundo o jornal Courier-Mail, os quatro homens tiravam fotos das mulheres sem autorização ou, ainda, se aproveitavam de suas funções na área de suporte para roubar imagens dos aparelhos dos clientes.
Em seguida, os funcionários davam nota, quevariava de 0 a 10, para aparência geral da pessoa, além de outras características físicas específicas.
Segundo o site Mashable, os celulares dos rapazes contavam com mais de 100 fotos de mulheres.
O caso teria sido descoberto por um outro funcionário da loja, que desconfiou da atitude de seus quatro colegas ao vê-los mexendo em um celular de um cliente na sala de reparo sem autorização.
Até o momento, apenas os quatro rapazes foram demitidos.A Apple, em entrevista ao Mashable, disse que ainda não encontrou evidências de que as "fotos foram transferidas inapropriadamente ou que um cliente tenha sido fotografado".
Entretanto, a empresa disse que "vários empregados foram demitidos" por conta da investigação.O comissário de privacidade da Austrália, Timothy Pilgrim, disse para a BBC que está discutindo com a Apple sobre os problemas relatados.
"Este é um lembrete importante para que todas as organizações que coletam e gerenciam informações pessoais",disse o comissário."É preciso de uma cultura de privacidade para garantir que os funcionários entendam suas responsabilidades."