Covid-19: em maio, a Apple reabriu cerca de 30 lojas nos Estados Unidos (Aly Song/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 15 de junho de 2020 às 06h56.
Última atualização em 15 de junho de 2020 às 13h37.
A Apple inicia nesta segunda-feira (15) a sua retomada após a quarentena em razão da pandemia do novo coronavírus. Um pequeno grupo funcionários da companhia americana retorna à sede da empresa na Califórnia, nos Estados Unidos, enquanto os demais continuam a trabalhar de suas casas.
Para o retorno, a Apple pede que seus colaboradores façam testes de covid-19 oferecidos pela própria empresa.
A criadora do iPhone é um ponto fora da curva no mercado de tecnologia do Vale do Silício. Companhias como Facebook e Google, por exemplo, seguem mantendo todos os seus colaboradores trabalhando de casa e devem permanecer nesse modelo, pelo menos, até o fim do ano. O Facebook prevê até mesmo que metade de sua força de trabalho até 2030 realize trabalho remoto. O Twitter foi ainda mais longe e disse que seus funcionários podem trabalhar de casa para sempre.
O negócio da Apple, entretanto, é diferente por envolver não apenas software, mas também hardware, algo que pode aumentar a necessidade da presença física de funcionários no escritório da empresa. Em maio, a Apple reabriu cerca de 30 lojas nos Estados Unidos.
A WWDC, como é chamada a maior conferência de desenvolvedores da Apple, será realizada via internet no dia 22 de junho. Esse é um dos principais motivos da volta de funcionários ao escritório à sede, localizada na cidade Cupertino, na região do Vale do Silício. O evento vai ser apresentado direto do escritório da companhia.
“Vamos apresentar a WWDC 2020 em junho de uma maneira inovadora para que milhões de desenvolvedores em todo o mundo experimentem essa nova forma de interação”, afirmou, em nota Phil Schiller, vice-presidente sênior de marketing global da Apple. “A situação de saúde atual nos obrigou a criar um novo formato para a WWDC 2020 que ofereça uma programação completa com keynotes e sessões online.”
As demais empresas de tecnologia americanas preveem uma volta aos escritórios a partir do mês de julho. O esforço da Apple visa minimizar os atrasos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Afinal, setembro, historicamente, é o mês de apresentação de novos iPhones.A fabricante americana criadora do iPhone tem pressa para voltar fisicamente após quarentena pelo coronavírus, diferentemente de Facebook, Google e Twitter