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França testa tecnologia para tratar lixo radioativo

Paris - Uma tecnologia alternativa para o tratamento dos rejeitos radioativos utilizando plasma foi testada com sucesso em um laboratório francês em Landes (sudoeste),...

Inovação (AFP)

Inovação (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Paris - Uma tecnologia alternativa para o tratamento dos rejeitos radioativos utilizando plasma foi testada com sucesso em um laboratório francês em Landes (sudoeste), anunciou esta quinta-feira a gigante espanhola da energia Iberdrola e sua parceira belga Belgoprocess.

Esta tecnologia, destinada aos rejeitos com nível de radioatividade baixa e média, "permite reduzir de forma importante o volume dos rejeitos após submetê-los a temperaturas que alcançam os 5.000 graus", explicaram as companhias em um comunicado.

Submetidas a estas temperaturas extremas do plasma (uma mistura de moléculas, átomos, íons e elétrons), os rejeitos radioativos são liquefeitos e depois vitrificados antes de serem resfriados, o que permite reduzir "em até 80 vezes" seu volume, acrescentaram a Belgoprocess e a Iberdrola Ingenieria, uma filial da companhia espanhola de energia.

Os resíduos radioativos são, em seguida, colocados em unidades de estocagem e cimentados.

Os últimos testes foram realizados durante dois dias em uma instalação da sociedade francesa Europlasma Inertam em Morcenx (Landes).

A unidade de tratamento será transferida à usina nuclear de Kozloduy, no noroeste da Bulgária, perto da fronteira romena, explorada pela empresa pública búlgara BEH EAD.

"Ela será montada em setembro antes de ser colocada em funcionamento, o que está previsto para daqui a dois anos", indicou a Iberdrola.

Mesmo que os volumes não sejam consideráveis, a periculosidade dos resíduos radioativos representam altos custos de estocagem e sepultamento. Reduzir os volumes permitiria limitar essa conta.

Segundo o Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) francês, os processos de tratamento com o plasma já foram estudados (a CEA desenvolveu um procedimento denominado Shiva), e a técnica foi empregada industrialmente em um local da sociedade Zwilag em Würenlingen, no norte da Suíça.

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