françois hollande (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 12h49.
O governo francês anunciou nesta terça-feira (2) um plano para responsabilizar empresas de internet por qualquer mensagem de intolerância e extremismo que elas hospedem.
O presidente da França François Hollande quer que o legislativo do país aprove uma lei que tornaria sites como Google e Facebook "cumplices" em crimes de ódio caso seus usuários postem conteúdos que o governo ache extremista.
Em uma declaração, Hollande afirmou: "Devemos agir em nível europeu e internacional para definir um sistema legal para que plataformas de internet que administrem mídias sociais sejam consideradas responsáveis e sanções possam ser tomadas".
O ministro do Interior francês Bernard Cazeneuve deve viajar aos Estados Unidos para discutir essa proposta com executivos do Google, Microsoft, Facebook e Twitter.
O projeto de lei deve ser elaborado pelo próprio presidente Hollande.
O anúncio é uma consequência direta dos ataques à redação do semanário francês Charlie Hebdo, e é uma das várias propostas antiterror discutidas no país após o atentado.
O governo ainda não definiu o que será considerado como material "extremista" e como as empresas de internet seriam responsabilizadas por hospedar conteúdo dessa espécie.