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Fortnite mira "virar YouTube" e distribuí US$ 350 milhões para criadores de conteúdo

Com sete anos de existência, Fortnite evolui para uma plataforma de entretenimento e se distancia do formato tradicional de jogo de tiro

Fortnite anunciou que o número de criadores triplicou em um ano (Rafael Henrique/Getty Images)

Fortnite anunciou que o número de criadores triplicou em um ano (Rafael Henrique/Getty Images)

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 15h56.

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O Fortnite tem se transformado em uma plataforma mais ampla, nos moldes do YouTube, ao centralizar a produção de conteúdo dentro de seu próprio ecossistema. A missão é manter usuários e criadores engajados dentro do jogo, ampliando as possibilidades além do tradicional battle royale.

Para isso, a empresa implementou um sistema que permite a criadores desenvolver ilhas personalizadas e receber pagamentos. No entanto, o jogo enfrenta um problema central: atrair novos públicos.

Na última semana, a Epic Games anunciou que o número de criadores utilizando a Unreal Engine, motor gráfico da empresa, triplicou entre 2023 e 2024. Como resultado, cerca de 60 mil ilhas criadas por usuários são jogadas diariamente.

Os valores pagos a esses criadores também cresceram. Em 2024, a Epic desembolsou US$ 350 milhões, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2023. Ao todo, 37 criadores faturaram mais de US$ 1 milhão. Apesar do crescimento, jogadores relatam problemas técnicos, como bugs, nas experiências criadas dentro do jogo.

Fortnite quer ser um YouTube dos games, mas esbarra na concorrência

Segundo Alexander, o Fortnite segue um caminho semelhante ao do YouTube nos primeiros anos, ao incentivar uma rede de criadores e capturar a atenção global. No entanto, o jogo enfrenta uma concorrência muito maior do que a plataforma de vídeos enfrentou no passado, com rivais como Minecraft e Roblox.

Outro desafio é a competição interna entre os modos criados por usuários e os conteúdos desenvolvidos pela própria Epic Games. Diferente do YouTube, onde a monetização atraiu novas audiências e tornou a produção de conteúdo financeiramente viável, as ilhas do Fortnite ainda não conseguem gerar público fora do jogo.

Além disso, os criadores no Fortnite tendem a produzir variações do que já existe dentro do próprio game, o que, segundo Alexander, “reduz drasticamente o tempo que os criadores têm para encontrar seu nicho de público ou para construir algo realmente diferente”. Em vez de inovar, os desenvolvedores acabam reforçando a experiência já consolidada do Fortnite.

Para superar essa limitação, a analista sugere que a Epic Games ofereça incentivos financeiros específicos para desenvolvedores que tragam conceitos totalmente novos, além de estimular jogadores a experimentarem novas propostas, mesmo que isso signifique se afastar de algumas das características centrais do jogo.

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