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Fortes nevascas deixam mais de 5 mil afetados no Peru

Lima - O Peru registrou seu primeiro morto em consequência das intensas nevascas que caem desde sábado passado na região sul-andina de Puno, fronteira com a Bolívia,...

nevasca (©afp.com)

nevasca (©afp.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 09h15.

Lima - O Peru registrou seu primeiro morto em consequência das intensas nevascas que caem desde sábado passado na região sul-andina de Puno, fronteira com a Bolívia, e que deixaram mais de 5.000 afetados, informou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci).

A vítima tinha 75 anos e morreu na quarta-feira esmagado pelo teto de sua humilde casa, que sucumbiu ao peso da neve que cai ininterruptamente na província de Carabaya, a 4.000 metros de altitude.

As nevascas e a onda de frio deixaram até agora em nove províncias do sul do Peru 5.247 camponeses afetados, 20.650 animais mortos (entre lhamas, vacas e ovelhas), 738 residências inabitáveis e 202 hectares de cultivos afetadas, segundo a Defesa Civil.

As províncias de Puno situadas a mais de 3.000 metros de altitude sofrem desde 24 de agosto com as piores nevascas em 10 anos, informou o Indeci.

As estradas nas regiões de Puno e Huancavelica (sudeste) também ficaram parcialmente bloqueadas e o mau tempo forçou a restrição de voos de avião e helicópteros.

As condições meteorológicas obrigaram o governo peruano a decretar ontem estado de emergência por 60 dias em nove províncias espalhadas entre Puno e Huancavelica, que estão entre as mais pobres do Peru.

O Serviço Nacional de Meteorologia do Peru informou nesta quinta-feira que as fortes nevascas se prolongariam até a sexta-feira, a partir de quando começarão a perder intensidade até cessar.

Segundo a meteorologista do instituto, Teresa García, as nevascas continuarão nas zonas altas de Puno, Tacna, Moquegua, Arequipa, Apurímac e a parte sul de Cusco.

Depois, entre 1 e 6 de setembro, "ocorrerão geadas meteorológicas, a temperatura do ar vai diminuir, provavelmente a menos 20 graus Celsius em localidades acima dos 4.400 metros sobre o nível do mar", acrescentou.

A tragédia aumentou para seis os mortos com a intensa onda de frio da última década no Paraguai, Bolívia e Peru, em consequência de uma massa polar que se espalha para estes países.

A massa de ar frio já causou a morte de pelo menos duas pessoas no Paraguai por hipotermia com temperaturas que caíram a -2°C na região sul.

Na Bolívia, fortes nevascas castigavam quatro dos nove departamentos e mataram três pessoas de frio, segundo autoridades locais.

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