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Folha de S.Paulo começa a cobrar por conteúdo na web

Seguindo o exemplo do New York Times e de outros jornais estrangeiros, a Folha de S.Paulo vai ativar seu paywall nesta quinta-feira

Quem não é assinante da Folha terá acesso grátis a até 40 matérias do jornal por mês na web (Reprodução)

Quem não é assinante da Folha terá acesso grátis a até 40 matérias do jornal por mês na web (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 19 de junho de 2012 às 18h30.

São Paulo — A Folha de S.Paulo divulgou, hoje, que passará a cobrar pelo acesso ao conteúdo do jornal na internet a partir desta quinta-feira. O esquema adotado é similar ao de jornais como o New York Times. Ele permite que as pessoas leiam um número limitado de matérias gratuitamente.

Com a mudança, o site do jornal, hoje chamado Folha.com, passará a ter o nome Folha de S.Paulo. Ele terá todo o conteúdo do jornal impresso, incluindo textos de colunistas. Não assinantes poderão ler até 20 matérias por mês, número que aumenta para 40 quando a pessoa preenche um cadastro. Uma assinatura mensal com acesso irrestrito vai custar 29,90 reais.

Assinantes da edição em papel também terão acesso liberado. Tanto eles como os que assinam o conteúdo digital poderão, ainda, ler as matérias por meio de aplicativos para celulares e tablets. A Folha diz que seu site é o que tem maior audiência entre os jornais brasileiros. Segundo a empresa, ele recebeu, em maio, 19 milhões de visitantes, que visualizaram 242 milhões de páginas. 

O modelo de negócio adotado pela Folha é o que vem sendo chamado de “paywall poroso” ou “soft paywall”. O nome se refere ao muro virtual que protege o conteúdo pago mas permite o acesso sem pagamento em certas situações. O New York Times implantou um sistema similar em março de 2011 e já tem 454 mil assinantes apenas da edição digital. Outros jornais, como o americano Wall Street Journal e os britânicos Financial Times, The Times e Sunday Times, empregam variantes desse modelo.

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