Márcio Palheta, Marco Cristo, Theo Ramalho e Berthier Ribeiro, sócios da UME: faturamento de até R$ 500 milhões por ano (Foto/Divulgação)
De olho em um público consumidor desbancarizado, mas que movimenta cerca de R$ 800 bilhões por ano, a UME, uma fintech de concessão de crédito para quem não dispõem de relacionamento bancário, tem avançado seu crescimento a passos largos desde 2018, quando foi fundada.
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Nesta sexta-feira, 29, a startup iniciou mais um marco dessa expansão ao anunciar uma nova captação de investimentos. Ao todo, a empresa colocou no caixa US$ 10 milhões (cerca de R$ 56 milhões, na conversão atual), sendo US$ 5,5 milhões de equity e US$ 4,5 milhões de dívida.
O aporte foi liderado pelo Fundo de Venture Capital do Vale do Silício, NFX e também pela Canary, com participação dos fundos BigBets e Clocktowers Ventures.
Com a rodada, os planos da UME são os de ampliar as regiões de atuação, que hoje focam, sobretudo, no varejo do Norte e Nordeste, seja físico ou online.
Um modelo de negócio que funciona como uma forma digitalizada do popular crediário, que, por muitos anos, foi o principal meio dos brasileiros fazerem compras parceladas.
Assim, através de um software, a UME possibilita que os varejos concedam crédito para alavancar suas vendas e assume todo o relacionamento com o cliente final, inclusive o risco de crédito, fraude e o processo de cobrança.
A análise pode ser feita em poucos minutos através do app UME ou nas lojas parceiras, tendo apenas a necessidade de um celular e um documento com foto.
Por meio de uma inteligência artificial, o sistema cruza dados com base no comportamento do consumidor, podendo conceder crédito também a negativados - cerca de 42% da base estão nessa categoria.
Para 2022, a startup, que hoje possui cerca de 40 mil cadastrados e já faturou próximo de R$ 500 milhões, pretende chegar na marca de 1 milhão de transações e 220 mil usuários.