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Finalmente, caixas eletrônicos que aceitam depósito sem envelopes começam a ganhar força

Os caixas eletrônicos recicladores, que permitem o depósito de dinheiro ou cheque, sem envelope, têm potencial para alcançar participação de 5% da rede de terminais

Caixas (Divulgação)

Caixas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2014 às 09h16.

Os caixas eletrônicos recicladores, que permitem o depósito de dinheiro ou cheque, sem envelope, têm potencial para alcançar participação de 5% da rede de terminais de autoatendimento no Brasil até o ano que vem. A previsão é de Marco Aurélio Freitas, diretor comercial e de marketing da Perto, fabricante dessas máquinas.

A grande diferença para o modelo anterior é, segundo especialistas, o fato de o depósito ser imediato. No procedimento feito por envelopes, os depósitos são compensados apenas no dia seguinte à operação. "Os bancos no Brasil ainda têm projetos pilotos de caixas eletrônicos recicladores, mas a tendência é que a rede cresça uma vez que esses terminais equilibram a entrada e saída de recursos", diz Freitas.

No Japão, quase todos os caixas eletrônicos já têm essa funcionalidade. Segundo especialistas, a Ásia é líder na adoção desta tecnologia. No Brasil, a troca dos caixas eletrônicos tradicionais para os recicladores deve ocorrer, na opinião de Wilton Ruas, executivo da fabricante japonesa OKI, de forma paulatina, à medida que a vida útil dos terminais disponíveis atualmente for chegando ao fim. "O caixa eletrônico reciclador faz a contagem das notas e reconhece cédulas falsas, ampliando a funcionalidade para os clientes e contribuindo para a redução de custos operacionais e de segurança", disse Ruas, da OKI, ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Com o reciclador, o novo caixa passa a ter mais dinheiro efetivo e reduz gastos com transporte de valores.

Os caixas sem envelopes estão apenas começando a ganhar força no Brasil. A tecnologia já está disponível no mercado há alguns anos, mas, entre os bancos, apenas o Banrisul oferecia o benefício em parceria com a rede Saque e Pague. Na feira de tecnologia para bancos, a Ciab Febraban, que terminou ontem em São Paulo, o assunto ganhou força em meio ao avanço das negociações entre fabricantes e instituições bancárias.

O Bradesco, por exemplo, acabou de anunciar que oferecerá aos clientes um ATM (sigla, em inglês, para caixas eletrônicos) com reciclador de cédulas para depósito em dinheiro. O novo terminal, feito em parceria com NCR, estará disponível no Bradesco Next, espaço conceito onde o banco apresenta novidades em soluções bancárias, localizado no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

A expansão desse caixa para outras unidades depende, conforme Maurício Machado de Minas, vice-presidente executivo da instituição, de um estudo do banco que está mapeando as unidades, nas quais os novos terminais fazem sentido do ponto de vista de equilíbrio entre saques e depósitos. Até meados do ano que vem, o banco espera ter 1 mil caixas que realizam depósitos em dinheiro sem a necessidade de envelope e que são creditados de imediato na conta do cliente.

Freitas, da Perto, lembra que os terminais de autoatendimento recicladores são tecnologias complementares e podem ou não substituir as existentes. O custo atual de um novo terminal, conforme ele, varia de R$ 35 mil a R$ 55 mil e o tempo de vida vai de cinco a sete anos, podendo chegar a dez anos em alguns casos. A Perto fornece ATMs para diversas instituições, como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e HSBC. Segundo ele, a empresa acaba de fechar contrato com o BB para fornecer 6 mil ATMs e busca novos clientes de peso, embora, não revele nomes. A Perto tem hoje cerca de 45 mil máquinas comercializadas.

Pesquisa da Febraban mostra que, dos 166 mil ATMs disponíveis no Brasil em 2013, 66% são terminais "full", com duas ou mais funções, como dispensador de cédulas, terminal para depósito e extrato e dispensador de cheque. As máquinas que contam apenas com dispensador de cédulas somam 24%. As que têm somente dispensador de cheques são 13%, segundo a Federação. Terminais de depósitos e extratos são 2% da rede total de ATMs no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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